A Artemrede – Teatros Associados, pelo terceiro ano consecutivo, promove a Festa da Marioneta, desta vez com 7 espectáculos (3 de companhias nacionais e 4 de artistas estrangeiros), totalizando quase 40 apresentações, a que acrescem diversas oficinas, permitindo assim que os espectadores possam usufruir de forma mais completa da programação artística deste ano.
O sucesso deste género teatral – que cada vez engloba mais formas distintas de dar vida a objectos inanimados – pode medir-se pela crescente quantidade de espectáculos, festivais e outros eventos, com consequente aumento de públicos e, naturalmente, de capacidade crítica por parte destes. Aumentado a oferta, aumenta-se a exposição destas criações e o hábito vai-se instalando. Hoje, as pessoas já não vão ver teatro de marionetas só com a expectativa de rir um pouco. Este facto faz aumentar a responsabilidade dos programadores.
No que respeita a esta 3ª edição, que tem lugar em 14 dos 18 associados desta que é a maior rede formal do género no país, a curiosidade dos públicos poderá ser satisfeita pela qualidade e variedade de técnicas presentes: da abordagem verdadeiramente alucinante do Teatro de Marionetas do Porto (presença assídua da Festa) à linguagem poética da companhia espanhola Títeres de María Parrato, passando pela mestria nas marionetas de fio da S. A. Marionetas, pelo encantamento de “Pequena Fábrica de Pinguins” (um projecto original dos belgas Turak), pelos dois espectáculos que nos propõe um dos marionetistas mais famosos do mundo – o britânico Stephen Mottram – e pelo inspirador, musical e divertido “Toc Toque”, dos franceses de La Compagnie du Petit Monde (apresentado com enorme êxito no FIMFA, em 2008).
Deixamos o convite para os espectáculos e as oficinas, inspirados pela magnífica ilustração criada propositadamente por Fátima Afonso e pedindo emprestada uma frase de João Paulo Seara Cardoso, director artístico do Teatro de Marionetas do Porto,“E o mais interessante disto tudo está, justamente, em ver famílias a partilhar o prazer do teatro”.Ana Coelho
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