segunda-feira, setembro 10, 2012

Festival Internacional de Marionetas do Porto 2012


Bem-vindos ao Festival Internacional de Marionetas do Porto!
A edição de 2012 pode ser definida como um gesto de descoberta e de redescoberta.
Na festa da marioneta contemporânea, que este ano encerra um ciclo de quatro anos particularmente complexo, temos entre nós velhos e novos amigos. O FIMP 2012 é a oportunidade de reencontrá-los naquilo que eles melhor sabem fazer, de os conhecer através do melhor que cada um deles tem para nos oferecer: a sua arte. A nossa arte.
Nesta edição do festival, a pesquisa das relações entre o corpo, marioneta e máquina, entendida quer enquanto engenho e corpo mecânico, quer enquanto dispositivo global de controlo, anima uma parte importante do programa proposto. Por outro lado, a marioneta apropria-se das imagens da cultura (e das subculturas) de massas, transformando-as não apenas noutras formas de entretenimento, mas permitindo-nos talvez olhar esse mundo das imagens com outros olhos. Neste outro olhar, propomos, como seria de esperar num festival que se define como internacional, o trabalho de artistas oriundos de outras paragens – França, Itália, Alemanha e Grécia são os países representados nesta edição. A criação portuguesa, no entanto, ocupa um lugar especial na programação deste ano. As companhias mostram-nos as suas novas criações, em alguns casos em estreia absoluta e os artistas portugueses estão também envolvidos nas criações próprias do festival.
A marioneta pode também ser entendida como uma prática de partilha e transmissão – as formas tradicionais populares, também presentes nesta edição, são porventura o melhor exemplo na história desta arte. No FIMP procuramos reinventar essa prática para chegar a outros públicos e implementar o festival em contextos urbanos diversos, os projectos desenvolvidos em parceria com as Manobras no Porto – Porto Lazer representam um papel importante nessa tarefa que decidimos assumir.
O festival é possível também graças ao apoio e à cumplicidade dos nossos parceiros. Para todos, dos mais antigos e estáveis aos mais recentes, o nosso sincero agradecimento.
Cortes ainda maiores no orçamento, particularmente na participação da Direcção-Geral das Artes, afectam a realização desta edição. É incontornável referi-lo, uma redução de 38% terá necessariamente algum impacto na forma como o público percepciona o festival. No quadro deste cada vez mais permanente estado de excepção que se impõe nas nossas vidas, importa respirar fundo. Por isso procurámos centrar o saber fazer da equipa e os recursos disponíveis no essencial deste serviço público – promover o encontro entre o público e o trabalho dos artistas.
Apesar de tudo isto, ou exactamente por tudo isto, estamos convictos de que existem e resistem bons motivos para vir ao festival.
Viva o FIMP!
Igor Gandra
Director Artístico

http://www.fim.com.pt/

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