domingo, janeiro 31, 2010
"MAKE LOVE NOT WAR" Teatro de Marionetas do Porto no Festival Imaginarius 2010
A estreia da nova produção do Teatro de Marionetas do Porto está marcada. Dia 27 de Maio 2010, primeiro dia da 10ª edição do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, "MAKE LOVE NOT WAR" mostra-se pela primeira vez.
Trata-se de uma co-produção com o CCTAR a partir de "Lisístrata", de Aristófanes.
Encenação e cenografia:
João Paulo Seara Cardoso
Marionetas e Figurinos:
Júlio Vanzeler
Música:
Jonathan Saldanha
Movimento:
Isabel Barros
Interpretação:
elenco do Teatro de Marionetas do Porto + actores convidados + alunos do 3º ano de interpretação do Curso de Teatro do Balleteatro Escola Profissional
Projecto teatral:
O espectáculo inicia-se com um percurso das máquinas-marionetas e da máquina musical. Numa praça ou recinto de grandes dimensões está instalado o dispositivo cénico onde termina o percurso e tem lugar a representação. O público é móvel e organiza-se em função da deslocação das máquinas que percorrem o espaço cénico. É um espectáculo eminentemente visual que se desenvolve a partir de um texto muito condensado. A música é executada ao vivo. Há marionetas gigantes, actores sobre andas, cantores, dispositivos mecânicos, automóveis, plataformas cénicas, fogueiras, pirotecnia e outros elementos teatrais.
Sinopse:
Lisístrata é uma peça contra a guerra, uma convicta apologia da paz e da concórdia ente todos os homens. Nela se atacam os velhos que governam a nação e gastam em armas o dinheiro necessário para outros fins. As mulheres, sob a direcção de Lisístrata, revoltam-se e conseguem, unidas, pôr fim à guerra civil que opunha Atenienses e Espartanos e trazer para casa os maridos e filhos. Utilizam para isso a arma do sexo: não se deixarão possuír por homem algum enquanto não acabar a guerra e não se fizerem as pazes. Representado em 411 a.C., o texto continua hoje a ser, em muitos aspectos, ousado e actualíssimo.
Manuel João Gomes, prefácio a "Lisístrata"
(tirado do blog "http://arterua.blogspot.com/")
quarta-feira, janeiro 27, 2010
Mestre Filipe - propostas de espectáculos para o Carnaval’10
as nossas propostas de espectáculos para o Carnaval’10.
Estes espectáculos podem funcionar em conjunto com as Palhaças CAFI (ou com os nossos cabeçudos e Gigantones – ver no blog).
Veja fotos em www.mestrefilipe.blosgspot.com .
Para propostas orçamentais ou mais informações, não hesite em contactar-nos através do nº 962843908 ou mail mestrefilipe@sapo.pt .
HOJE HÁ PALHAÇOS
É um espectáculo livre, divertido, interáctivo que não prende o público com a sua história pois os vários “sketes” que vão aparecendo são curtos deixando tempo para entrarem ou saírem grupos (turmas, pais e filhos, outros) sem perderem o decorrer da animação. É uma barraca que se monta em qualquer espaço (interior, exterior, centros culturais, comercias, escolas, bibliotecas, rua), desde que tenha visibilidade para o público ver e terá que ter um “ponto de luz” para aparelhagem sonora. Esta aparelhagem poderá dar apoio também ao espaço de animação. (ver preços)
Como o Entrudo pede, as palhaças CAFI em cada intervalo de cada cena interagem com o público, mandam serpentinas, atiram balões, e podem participar no decorrer da animação do espaço.
A FANTOCHADA DOS PEQUENINOS
É um espectáculo de diversão, lúdico e musical que utiliza vários tipos de marionetas- de fio, de luva, varão e de mesa.
A diversidade de marionetas, a sua técnica de manipulação e o seu ritmo prendem os mais pequenos na sua imaginação. ( umas crianças serão chamadas a participar pois existem marionetas que são por elas manipuladas, o que torna este espectáculo interactivo)
Com um cenário bastante fácil de montar, por trás de umas cortinas bem vistosas saiem duas palhaças – CA`FI que lutam/insistem com o seu espaço de actuação pois ambas chegaram ao mesmo tempo! Decidindo juntarem-se para apresentar o magnifico teatro de marionetas conseguem com os seus amigos “PATATA”, “PATOSAPATÕES”, “CONTROCIONISTA GIRAFA”, “GLORIOSO ESPANTALHO”, “PALHAÇOS” entre outros, encantar..
Necessitamos de um ponto de luz e de um sitio onde guardar as malas.
Poderá terminar com efeitos pirotécnicos que podem ser lançados em interior.
Elas podem ser organizadoras e/ou apresentadoras de programas.
E podem levar aparelhagem consigo!
(para eventos escolares, recintos pequenos, pavilhões, outros)
PALHAÇAS CAFI
As Palhaças CAFI são 2 personagens muito divertidas que animam qualquer espaço. Desde aniversários, festas várias, Carnaval! Elas fazem balões, pregam partidas e trazem sempre no bolso alguma surpresa! Podem ser confetis ou um pincel que sai e maquilha alguém desprovido de pintura.
Estas palhacinhas não metem medo a ninguém como alguns palhaços “rudes e brutos” que encontramos por aí…mas teem uma coisa que as caracteriza… além de serem muito teimosas, meigas e simpáticas, estão sempre com opinião contrária, pois se uma acha que vai chover a outra acha mesmo é que vai fazer sol! Isto só visto…
Elas podem igualmente ser organizadoras e/ou apresentadoras de programas. E podem levar aparelhagem consigo! (para eventos escolares, recintos pequenos, pavilhões, outros)
Podem também estar em qualquer recinto a realizar pinturas faciais nos seus Camarins “Espelhos Mágicos”.
Com os melhores cumprimentos,
Manas CAFI (carla e filipa)
Associação Cafinvenções
Sede: Teatro Oficina i Marioneta
Rua Issan Sartawi, Lote 8 Loja 1500-000 Lisboa
Telm: 962843908
www.mestrefilipe.blogspot.com - mestrefilipe@sapo.pt
--
www.mestrefilipe.blogspot.com
962843908
Actividades em Fevereiro da companhia Marionetas de Mandrágora
Durante a esta próxima semana as portas da casa das marionetas abrem-se para apresentar "Bzzzoira Moira" com sessões dias 28,29 pelas 10h e 14h e dias 30 e 31 pelas 16h00.
Entretanto dia 30 termina o workshop de construção de marionetas a decorrer na Biblioteca Municipal de Gondomar.
Já dias 2,3 e 4 "Benilde Bzzzoira" estará no auditório do Pavilhão Multimeios em Espinho inserido no Festival Mar Marionetas.
Dia 6 "Bzzzoira Moira" estará em cena no Auditório da Junta de Freguesia de Espinho pelas 15h e com reposição pelas 17h00.
Nesse mesmo dia a nossa colega Clara Ribeiro estará na Fnac do CC Vasco da gama em Lisboa, para a apresentação do Livro de Luís Sepúlveda " A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar" com a representação de trechos do livro em espectáculo.
Neste projecto colabora ainda o actor Janela Magalhães
Dia 15 estaremos em Podence, Macedo de Cavaleiros no "Entrudo Chocalheiro" a apresentar o espectáculo "Entre Lugares".
Entretanto prevemos (ainda em confirmação) o inicio das Aulas de Teatro de Objectos ainda este mês. Este projecto tem vindo a ser cimentado ao longo de diversos meses no sentido de dar resposta à inumeras solicitações de aprendizagem assim teremos duas classes distintas
Entretanto dia 30 termina o workshop de construção de marionetas a decorrer na Biblioteca Municipal de Gondomar.
Já dias 2,3 e 4 "Benilde Bzzzoira" estará no auditório do Pavilhão Multimeios em Espinho inserido no Festival Mar Marionetas.
Dia 6 "Bzzzoira Moira" estará em cena no Auditório da Junta de Freguesia de Espinho pelas 15h e com reposição pelas 17h00.
Nesse mesmo dia a nossa colega Clara Ribeiro estará na Fnac do CC Vasco da gama em Lisboa, para a apresentação do Livro de Luís Sepúlveda " A história de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar" com a representação de trechos do livro em espectáculo.
Neste projecto colabora ainda o actor Janela Magalhães
Dia 15 estaremos em Podence, Macedo de Cavaleiros no "Entrudo Chocalheiro" a apresentar o espectáculo "Entre Lugares".
Entretanto prevemos (ainda em confirmação) o inicio das Aulas de Teatro de Objectos ainda este mês. Este projecto tem vindo a ser cimentado ao longo de diversos meses no sentido de dar resposta à inumeras solicitações de aprendizagem assim teremos duas classes distintas
Porto Editora e Marionetas de Mandrágora
Livro de Luis Sepúlveda apresentado no dia 4 de Fevereiro
«História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar», do chileno Luis Sepúlveda, será apresentado no próximo dia 6 de Fevereiro, numa edição ilustrada da Porto Editora. A obra, incluída no Plano Nacional de Leitura, já vendeu 150 mil exemplares no nosso país. A apresentação, na FNAC do CC Vasco da Gama, em Lisboa (16h00), contará com um espectáculo de marionetas alusivo à obra, da autoria da Companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora.
«História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar», de Luis Sepúlveda
«´História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar´ conta a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello, dado que, como se verá, a tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma cria de gaivota…
Com a graça de uma fábula e a força de uma parábola, Luis Sepúlveda oferece-nos neste seu livro já clássico uma mensagem de esperança de altíssimo valor literário e poético»
UNIMA Portugal - comunicado #3
Nº003 / 20.01.2010
A todos os actuais e futuros Associados da UNIMA-P
Assuntos:
UNIMA internacional
Encontro UNIMA Portugal
Enciclopédia da Marioneta
Depois do último comunicado em 26 de Novembro de 2009, várias questões foram
apresentadas à direcção, merecendo o nosso maior empenho, ainda que reconhecendo
alguma morosidade também por nós indesejada. No entanto a direcção não deixa de intervir relativamente às várias questões apresentadas à UNIMA- P.
Mais uma vez vos escrevemos para que fiquem a par dos distintos assuntos que estão a ser tratados.
Ponto 1
Regularização de situação da UNIMA-P face à UNIMA Internacional
No que diz respeito à regularização da Associação UNIMA-P o processo está a decorrer,
e temos mantido o contacto com a UNIMA Internacional, através das pessoas responsáveis pelas questões legais. A situação da UNIMA-P não estava completamente resolvida e estamos em contacto para que haja por parte da UNIMA Internacional o reconhecimento da UNIMA-P como centro nacional, ainda que sem a brevidade que seria desejada pela nossa parte, mas garantido está o seu andamento.
Os estatutos estão a ser revistos e prevemos que a nova proposta de estatutos deverá ser enviada em Fevereiro de 2010, a todos os sócios para que estes possam dar apoio na sua actualização e melhoramento.
Assim pretende-se actualizar e aprovar os novos estatutos na Assembleia-Geral que terá lugar em Março (em breve o Presidente da Assembleia-Geral, comunicará a data da Assembleia Geral Extraordinária).
Esta Assembleia-Geral realizar-se-á em Montemor-o-Novo e será integrada no
“1ºEncontro da UNIMA Portugal”.
Ponto 2
1º Encontro UNIMA Portugal
O 1º Encontro da UNIMA Portugal decorrerá de 20 a 21 de Março de 2010 em Montemor-o-
Novo e pretende juntar o maior número possível de sócios da UNIMA para que sejam
debatidos vários assuntos do interesse comum, bem como criar plataformas de estudo,
investigação e reflexão em redor do teatro de marionetas em Portugal. Em breve será
anunciado todo o programa.
Ponto 3
Enciclopédia da Marioneta
Em relação à questão da Enciclopédia da Marioneta, que a direcção da UNIMA-P tem
atentamente acompanhado, tecemos as seguintes considerações:
- Através do contacto com outros centros da UNIMA pelo mundo, ficamos a saber que esta publicação está a causar uma acesa discussão em vários países, pois algumas imprecisões estão a gerar polémica.
- A Direcção da UNIMA-P considera que os artigos publicados na Enciclopédia sobre Portugal são de extrema importância, sendo uma mais-valia para a história do teatro de marionetas português.
- À Direcção da UNIMA-P caberá sobretudo, ouvir os sócios e fazer com que as suas críticas, elogios e sugestões sejam encaminhadas, para que se possam criar condições que ajudem a construir uma UNIÃO entre todos.
- A UNIMA-P é uma Associação que tem na sua designação a palavra UNIÃO, e é isso que nos move, fazer com que através dessa UNIÃO nos possamos defender e lutar pelos nossos interesses comuns. Um trabalho desta natureza é sempre alvo de crítica, e é claro que não terá sido fácil realizá-lo.
Por parte da direcção da UNIMA-P, achamos que o mais importante nesta questão, é o pouco espaço destinado a Portugal em comparação a outros países, situação que não entendemos, pois bastava fazer uma breve análise do panorama nacional e percebe-se que se justificava mais informação. Percebemos e valorizamos o esforço pessoal de Rute Ribeiro e Luis Vieira, pois a eles se deve a valiosa informação contida na enciclopédia, e compreendemos o seu enorme esforço por garantir o máximo de espaço possível na mesma dedicada a Portugal. Foi nos exposto que os verbetes publicados, não estão como os originais enviados pelos relatores de Portugal. Foram alterados e cortados, situação quanto a nós, direcção da UNIMA-P, lamentável e incompreensível. É intenção da UNIMA-P fazer chegar o nosso descontentamento junto dos editores da Enciclopédia relativamente a esta questão. Os verbetes originais podem ser consultados em:
http://portugalencyclopediedelamarionnette.blogspot.com
A discussão e a crítica só são saudáveis quando se trabalha para o mesmo objectivo, neste caso, em alguns momentos, isso não aconteceu, tendo sido efectuadas acusações infundadas, bastante sérias, mesmo em direcção à UNIMA-P que provocaram imenso desconforto.
Acreditamos que é possível manter e fazer crescer a UNIÃO dos marionetistas portugueses, pois foi isso que nos motivou desde o início.
Pensamos que no caso de reedições, edição de erratas ou novas edições da Enciclopédia, deverão ser as mesmas pessoas a publicar as informações relativas a Portugal, podendo, agora, também contar com o apoio da UNIMA-P.
Através de informações solicitadas aos sócios, pretendemos criar um documento único onde conste informação sobre os marionetistas ou estruturas de teatro de marionetas que existem ou existiram em Portugal, para que este possa fazer parte do arquivo da UNIMA-P e ainda ser entregue aos responsáveis pela publicação da secção de Portugal.
Assim solicitamos a todos os que assim o desejarem o preenchimento dos seguintes campos:
(Pedimos que sejam sucintos)
Nome
Logótipo
Historial
Principais produções
Prémios
Fotografias
Publicações
Equipa
Contactos
Todos aqueles que pretendam ver os seus dados incluídos neste documento deverão enviar os mesmos para info@unimaportugal.com ou para o Apartado da UNIMA-P. (em formato digital)
Não é obrigatório ser-se sócio da UNIMA-P para constar deste documento!
Será importante enviar os elementos até 15 de Fevereiro para que este processo não se
arraste mais. A Direcção da UNIMA-P considera importante encerrar este assunto.
A todos os interessados em fazer parte desta união, basta enviar e-mail de intenção para socios@unimaportugal.com.
Sabemos que já passou algum tempo desde a última Assembleia-Geral, mas a direcção tem
estado activamente a realizar procedimentos que apesar dos esforços não são tão rápidos como todos desejaríamos.
Aqui ficam os dados da UNIMA-P
morada:
UNIMA-P
Apartado 550
2461-901 Alcobaça
Portugal
e-mail:
info@unimaportugal.com (para receber informação geral)
socios@unimaportugal.com (somente para assuntos relacionados com sócios da unima-p)
presidente@unimaportugal.com (para assuntos relacionados com o presidente)
o e-mail unimap.portugal@gmail.com continua activo, mas a reencaminhar para o novo info@
conta:
BES – Banco Espírito Santo
UNIMA-P
NIB 0007 0000 00807985751 23
IBAN PT50 0007 0000 0080 7985 7512 3
Nif:
502 258 527
Abraços!!!
UNIMA-P
José Gil
(Presidente da Direcção)
segunda-feira, janeiro 25, 2010
Museu da Marioneta de Lisboa - MANHÃS CRIATIVAS 16 E 28 DE FEVEREIRO 2010
ACTIVIDADE EM FAMÍLIA
MANHÃS CRIATIVAS
16 E 28 DE FEVEREIRO
HORÁRIO Manhã – das 10h30 às 12h30m
PÚBLICO 1 adulto + 1 criança com mais de 6 anos
DURAÇÃO 2 horas
PREÇO 7,50€
Marcação Prévia
NOTA: Participe em 3 MANHÃS CRIATIVAS e ganhe a 4ª!
Em Java, na Indonésia, existe um teatro de máscaras
chamado Wayang Topeng.
Nestes espectáculos, contam-se histórias fantásticas
sobre personagens que sofrem transformações
mágicas e que enfrentam as mais diversas peripécias.
Neste atelier, os participantes terão a oportunidade
de encarnar algumas dessas fabulosas personagens.
Quem queres ser: O macaco guerreiro? A princesa
perdida? Ou o herói corajoso?
Cria um rosto ao teu gosto
Exposição | DESASSOSSEGO 11 de Fevereiro a 18 de Março de 2010 - Museu da Marioneta de Lisboa
Exposição | DESASSOSSEGO
11 de Fevereiro a 18 de Março de 2010
Capela | Museu da Marioneta | Terça a Domingo – 10h às13h e das 14h às 18h | Entrada livre
O cinema de animação volta ao Museu da Marioneta
O Museu da Marioneta, em parceria com a MONSTRA 2010 | Festival de Animação de Lisboa, levará a cabo uma exposição dedicada aos bastidores do cinema de animação a partir das personagens da primeira curta de animação de volumes de Lorenzo Degl'Innocenti “Desassossego”. O filme de 20 minutos, uma produção da Sardinha em Lata e da IB Cinema, conta-nos a história de Ivan, um frustrado empregado de charcutaria preso à tradição familiar que sonha desesperadamente em abrir uma loja onde possa vender e desenhar os seus próprios móveis. À medida que o tempo passa, Ivan começa a desenhar móveis, mas a clientela frequente da charcutaria não lhe permite levar avante os seus desenhos. Quanto mais tenta, mais frustrado se sente, ao ponto de involuntariamente começar a projectar a sua insatisfação nos clientes que, um dia, se transformam eles mesmos em objecto de design.
O Museu da Marioneta expõe, assim, a caricata história de Ivan permitindo ao público conhecer os bastidores da curta de animação. Cenários, desenhos, marionetas, materiais de película e muitos adereços permitem entender o trabalho que está por trás de uma obra de animação.
terça-feira, janeiro 19, 2010
ainda sobre a Enciclopédia - Luís Vieira e Rute Ribeiro respondem a Ildeberto Gama
Caro Ildeberto Gama,
Acabámos de receber a obra "Encyclopédie Mondiale des Artes de la Marionnette", mas não queríamos, ao contrário de si, pronunciar-nos com base em leituras diagonais, sem termos a oportunidade de tomar contacto com a referida edição.
Devemos dizer-lhe, antes de mais, que lamentamos profundamente a forma como se pronuncia sobre o que deveria ser motivo de orgulho para todos aqueles que se dedicam ao Teatro de Marionetas.
Pela primeira vez foi possível, graças a um enorme esforço de imensas pessoas, editar com todos os riscos que se sabia que eram inerentes a um projecto desta natureza, uma obra em que se publica finalmente um conjunto valioso de referências.
O projecto tinha mais de vinte anos e foi retomado em 2000. Não se trata de um anuário, mas sim de uma enciclopédia, com critérios editoriais claros como constam da própria publicação.
Parece-nos evidente que um conjunto de artigos com este propósito tem necessariamente de ser controlados do ponto de vista da limitação de caracteres e foi de facto graças ao nosso esforço que conseguimos mais algumas entradas, bem como a possibilidade de obter um maior número de caracteres destinado ao artigo sobre Portugal.
Relativamente à companhia Marionetas de Lisboa, esta nem sequer constava do plano inicialmente traçado para Portugal e, como lhe referi, foi graças ao nosso empenho que conseguimos incluir uma entrada para esta companhia, e outras haveria que gostaríamos de ter incluído, mas que infelizmente não puderam constar.
Achamos absolutamente chocante a forma como se nos dirige e como fala do nosso trabalho, desde o início de uma forma ultrajante e com uma grande falta de respeito, pois como afirma, seria fácil contactar-nos de viva voz e estabelecer uma conversa profícua, em vez de presumir que incorrecções tão grosseiras, como atribuir a direcção artística no início da companhia a José Ramalho, pudessem alguma vez ter tido origem no nosso texto.
Ao contactarmos com a referida edição, constatámos com grande espanto, que a quase a totalidade dos artigos foram alterados, sem o nosso consentimento, resumindo o que ficara escrito e alterando em alguns casos o seu sentido. Facto com o qual ficámos absolutamente consternados, mas cremos, ao contrário de si, que não existiu qualquer má-fé, sem primeiro tentar falar directamente com as pessoas responsáveis. Pensamos que esta situação se deve ter colocado, mais uma vez, pela limitação de caracteres que a falta de espaço exigia, tendo originado alguns equívocos. Entrámos em contacto com a direcção editorial, como seria de esperar, sobre este e outros aspectos, para solicitar a possibilidade da realização de uma errata.
Não podemos pois concordar com as graves acusações que profere, nem à seriedade da investigação, nem à qualidade da mesma. Devemos dizer-lhe que o propósito da Enciclopédia não era realizar um artigo extenso sobre as Marionetas de Lisboa e não nos parece que o verbete original, que pode consultar em: http://portugalencyclopediedelamarionnette.blogspot.com, tratasse de forma menos própria a companhia. É de facto um artigo breve, aliás como todos os outros e, sinceramente, não vejo qual seria a relevância para os potenciais interessados numa obra como esta, em citar uma acta de constituição, como sugere, e com ela esgotar todo o espaço disponível para traçar, ainda que de forma breve, a sua referência na cena nacional. As restantes questões que levanta na sua última comunicação, que infelizmente não nos fez chegar, preferindo difundi-la da forma como o fez, com acusações graves, não nos merecerão qualquer comentário.
Lamentamos, mais uma vez, que a vaidade exacerbada o impeça de reflectir com clareza sobre o trabalho publicado. Evidentemente que existem outras opiniões, e sempre existirão, mas a verdadeira questão está centrada na falta de elevação e seriedade com que trata os demais assuntos, tentando instigar pessoas e alimentar a intriga em processos claramente persecutórios e de atentado contra o bom nome das pessoas.
Não esperávamos da sua parte uma atitude desta natureza, mas ficamos, por outro lado, esclarecidos relativamente ao carácter e às intenções que o movem, que não são seguramente as de contribuir para um maior esclarecimento de todos.
Os melhores cumprimentos,
Luís Vieira e Rute Ribeiro
Dear Ildeberto Gama,
We've just received the book "Encyclopédie Mondiale des Arts de la Marionnette" but we didn't want, unlike you, to talk about it based on an "easy reading", without having the opportunity to watch the book.
First of all, we must say that we deeply regret the way you pronounce about what should be a source of pride for all who dedicate themselves to the Puppet Theatre.
For the first time was possible, thanks to an enormous effort of many people, to publish with all the risks that were inherent in such a project, a work in which are finally published a valuable set of references.
The project had more than twenty years and was revived in 2000. This is not a directory, but an encyclopedia, with clear editorial criteria, contained in the publication itself.
It seems evident to us that a number of articles for this purpose necessarily must be controlled in terms of limited characters and was in fact due to our effort that was possible to have a few more articles as well as the possibility of obtaining a greater number of characters for the article about Portugal.
Concerning the company "Marionetas de Lisboa", this company was not even on the plan originally traced to Portugal and, as we mentioned, it was because of our effort that we could include an article for this company, and we would like to have included other companies, but unfortunately it was not possible.
We think that is absolutely shocking the way you talk to us and how you speak about our work since the beginning in an outrageous way and with a great lack of respect because, as you say, it would be easy for you to contact us and establish a fruitful conversation in rather than assuming that such gross mistakes, as attributing the artistic direction to José Ramalho at the beginning of the company, could ever have origin in our text.
When we saw the encyclopedia, we note with great astonishment that almost all the articles were changed without our consent, summarizing what had been written and in some cases changing the meaning. Fact with which we were absolutely dismayed, but we, unlike you, believe that there was no bad faith, without first trying to speak directly with the people responsible. We think that this situation was placed, once again, due to the limitation of characters that the lack of space required and this led to some misunderstandings. We got in contact with the editorial direction, as expected, on this and other matters, to request the possibility of including an errata.
We cannot agree with the serious accusations that you make, to the seriousness and quality of the research. We must tell you that the purpose of the Encyclopedia was not to carried out an extensive article about the Marionetas de Lisboa, and it seems to us that the original article that you can see here: http://portugalencyclopediedelamarionnette.blogspot.com, doesn't treat in an improper way the company. It is a brief article, as all the others, and frankly I do not see what would be the relevance to the potentially interested in a work like this, to quote the company act, as suggested, and with it using all the space available to trace, briefly, its reference on the national scene. The remaining questions raised in your last communication, which unfortunately you did not send to us, preferring to spread it the way you did, with serious allegations, they will not deserve any comment from our part.
We regret once again that an exacerbated vanity prevents you from clearly reflect on the published work. Of course that there are other opinions, and they will always exist, but the real question is focused on lack of elevation and seriousness with which you treat other matters, trying to instigate people and increase intrigue in clearly persecutory processes and attack the good name of people.
We did not expect from you such an attitude, but by other hand we are now enlightened concerning the nature and intentions that are moving you, which certainly are not to contribute to a better enlightenment of all.
Best regards,
Luís Vieira e Rute Ribeiro
Cher Ildeberto Gama,
Nous venons de recevoir l'œuvre «Encyclopédie des Arts de la Marionnette», mais nous ne voulons pas, contrairement à vous, nous prononcer ayant pour base des lectures diagonales, sans avoir l'opportunité de prendre connaissance de l'édition elle-même.
Tout d'abord, nous regrettons profondément la façon comme vous vous prononcez sur un thème que devrait être une cause d'orgueil pour tous ceux qui se dédient au Théâtre de Marionnettes.
C'est la première fois que fut possible, grâce à un énorme effort de plusieurs personnes, éditer avec tout les risques inhérents à un projet de cette nature, une œuvre où est, finalement, publié un valeureux ensemble de références.
Le projet avait plus de vingt ans et fut repris en 2000. Il ne s'agit pas d'un Annuaire, mais si d'une Encyclopédie avec des critères précis constants de la publication elle-même.
Il nous semble évident qu'un ensemble d'articles à ce sujet doit nécessairement avoir un contrôle du point de vue des limites de caractères et, ce fut en effet, grâce à notre effort que nous avons eu la possibilité d'obtenir plusieurs entrées, bien que la possibilité d'obtenir un plus grand nombre de caractères destinés à l'article dédié au Portugal.
En ce qui concerne la compagnie «Marionetas de Lisboa», elle n'intégrait pas le plan initialement conçut pour le Portugal et, nous répétons que ce fut grâce à notre dévouement qu'on a réussit à inclure une entrée pour cette compagnie. Il y aurait certainement d'autres que nous aimerions bien inclure, mais malheureusement, elles n'ont pas pus être admises.
Il nous semble absolument choquant la façon comme vous vous adressez à nous et la façon dont vous questionnez notre travail, dés le début d'un ton outrageant et avec un énorme manque de respect, car comme vous le disiez, ce serait facile de nous contacter de vive voix et établir un entretient avantageux, au lieu de soupçonner que de si grossières erreurs, comme ce d'attribuer la direction artistique à José Ramalho au début de la compagnie, pouvait aucune fois avoir pour origine notre texte.
Ayant contact avec l'édition en référence, nous constatons avec grand étonnement, que la grand partie des articles furent altérés, sans notre agrément, en résumant ce que resta écrit et changeant, en certains cas, son sens. A ce sujet nous étions absolument consternés mais nous croyons, contrairement à vous, qu'il n'y a pas eu aucune mauvaise foi, sans tout d'abord d'essayer de parler directement avec les personnels responsables. Nous croyons, quand-même, que cette situation a pour origine la limitation de caractères ce qui est dû à la manque d'espace demandais, ayant créé quelques malentendus. Nous avons contacté la direction éditoriale, concernant plusieurs aspects, et pour solliciter la possibilité de la réalisation d'un errata.
Nous ne pouvons pas accepter les graves accusations que vous proférez, ni les critiques à la droiture et à la qualité de la recherche. Le dessein de l'Encyclopédie n'était pas celui d'un vaste article sur les Marionetas de Lisboa et il ne nous semble pas que le fichet original (disponible sur le site: http://portugalencyclopediedelamarionnette.blogspot.com) traita de façon moins digne la compagnie. Il est, en effet, un article bref, d'ailleurs comme tous les autres et, honnêtement, nous ne voyons pas où était la relevance, pour des intéressés à une œuvre comme celle-ci, en citer un acte de constitution, comme vous le suggérez, en épuisant tout l'espace disponible pour tracer, même que de façon bref, son référence dans la scène nationale. Les autres questions que vous soulevez dans votre dernière communication avec de graves accusations, laquelle malheureusement vous ne nous avez pas fait parvenir, ne nous mériterons aucun commentaire.
Nous regrettons, encore une fois, que votre vanité exacerbée vous empêche de réfléchir clairement sur le travail publié. Certainement qu'il y a et qu'il y aura toujours d'autres points de vue, mais la vraie question est votre manque d'élévation et de rectitude dont vous abordez les sujets, en essayant d'inciter les gents et d'entretenir l'intrigue dans des processus clairement persécuteurs et d'attentat contre le bon nom des gents.
Nous n'attendrions pas de vos part une attitude de cette nature, mais nous sommes, de l'autre côté, éclaircis par rapport au caractère et aux desseins qui vous bouge, n'étant pas sûrement ceux de contribuer à un plus grand éclaircissement de tous.
Cordialement,
Luís Vieira e Rute Ribeiro
De: Marionetas de Lisboa [mailto:marionetasdelisboa@gmail.com]
Enviada: sábado, 5 de Dezembro de 2009 04:50
Para: info@tarumba.org
Cc: marionetasportugal@sapo.pt
Assunto: verbete S/ M Lisboa na Encyclopédie
Cara Rute Ribeiro e caro Luís Vieira,
Acabo de obter a enciclopédia para a qual, no que se refere à Marioneta Portuguesa, vós prestastes o vosso testemunho.
Certamente com a melhor das intenções.
Porém, um trabalho com esse nível de responsabilidade deve obedecer a estritos critérios de recolha, tratamento e selecção dos materiais, bastamente difundidos entre a comunidade académica, não dispensando o crivo da confrontação com as fontes primárias.
Limitando-me à apreciação sobre o panorama actual da arte da marioneta em Portugal, poderei até entender algumas das vossas opções ( independentemente de concordar ou não).
Mas no que se refere ao verbete dedicado às Marionetas de Lisboa não posso deixar de exprimir a minha tristeza pelo resultado : o verbete em causa tem erros clamorosos!
Não contesto a sua dimensão, se deveria ser mais ou menos enfatizado este ou aquele aspecto, não é disso que se trata!
Contesto que não se tenham dado ao trabalho de confirmar o conteúdo do que ali colocaram. E não era difícil: Já muitas vezes nos temos encontrado em locais de trabalho comuns, numa convivência razoavelmente estendida no tempo e eu de viva voz ter-vos-ia esclarecido com todo o gosto sobre os detalhes que quisessem saber sobre as Marionetas de Lisboa. Podem crer que melhor fonte não haveria: redigi os estatutos, sou o primeiro subscritor da escritura notarial constitutiva e ainda presido à direcção da Associação!
E, Não, não é do meu nome que se trata! É da falta à verdade!
Ter-vos-ia dito com muito gosto que o Director Artístico que as Marionetas de Lisboa tinham quando da sua estreia no ACARTE com o Quixote, era o José Carlos Barros.
Ter-vos-ia dito que o José Ramalho ingressou nas Marionetas de Lisboa pouco tempo depois e que anos mais tarde viria então a assumir a Direcão Artística da Companhia.
Mas se quisessem redigir um verbete um pouco mais recheado de informação, certamente poderia ter-vos dito muito mais. Verbalmente ou por escrito, com vasta documentação de apoio.
Assim, resta-me lamentar -por vós- a oportunidade perdida. Qualquer investigador que queira recorrer aos verbetes de vossa responsabilidade e se dê ao trabalho de confrontar fontes, encontrará rapidamente incongruências que deslustrarão imerecidamente o vosso esforço.
Creio que estará a ser preparada a versão inglesa desta obra. Seria uma boa oportunidade para introduzir correcções.
Por minha parte, sem de modo algum querer disputar convosco a vossa autoria dos verbetes, estou desde já disponível para, sem reservas de qualquer natureza, prestar as informações que pretendam.
E também vos lanço o desafio de colocar à discussão entre a nossa comunidade, no seio da Unima-Portugal mas não apenas limitada aos seus membros, aperfeiçoando um trabalho importantíssimo para todos nós e cuja autoria não deixaria de vos ser creditada, embora com uma larga vantagem : muito mais consensual entre todos nós que adoramos esta arte!
Um abraço
Ildeberto Gama
Ps:os fundadores das marionetas de lisboa, por escritura notarial de 8 de Janeiro de 1985 foram :
Alberto Villar, Fernanda Carvalho, Fernando Luís,Gracelina Barros, Ildeberto Gama, José Carlos Barros, Lisete Frias, Norberto Ávila e Virgínia Rico.
Entre apoiantes da primeira hora, Lima de Freitas, Paulo Brandão, Carlos Cabral, Rui Anjos, José Neto, André Maia, Sérgio Silva, Carlos Paixão, Francisco da Gama Pereira, Fátima Vasques ou Fernando Marques Gomes a que se juntaram José Ramalho, Cristina Pereira, Amélia teixeira, Miguel Borges e muitos outros....
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Museu da Marioneta - Lisboa - SERES MISTERIOSOS DE UMA ILHA LONGÍNQUA
ACTIVIDADES EM FAMÍLIA - MANHÃS CRIATIVAS
SERES MISTERIOSOS DE UMA ILHA LONGÍNQUA
Domingo - 31 de Janeiro 2010
Público-alvo: 1 adulto + 1 criança com idade superior a 6 anos
Duração: 2 horas
Preço: 7,5€
Horário: das 10h30m às 12h30m
Marcação Prévia
NOTA: Participe em 3 MANHÃS CRIATIVAS e ganhe a 4ª!
Nesta manhã criativa, convidamos pais e filhos a explorar uma técnica de manipulação ancestral, oriunda da Indonésia: as marionetas de Wayang Golek.
Estas marionetas tridimensionais, esculpidas em madeira, são manipuladas com três varas: uma central, que suporta o corpo, e duas laterais, presas aos braços.
No Museu, existem alguns exemplares com mais de 70 anos! A tua missão será investigá-los e criar a tua própria Wayang Golek.
http://servicoeducativomarioneta.blogspot.com/
sexta-feira, janeiro 15, 2010
Teatro D.Roberto vs José Gil (S.A.Marionetas - Alcobaça)
Olá a todos!
Depois de ler os últimos posts publicados no blog “marionetasportugal@blogspot.com onde sou referido várias vezes por autores diferentes sobre o teatro D.Roberto, resolvi então contar a minha experiência com o D.Roberto e o mestre António Dias.
Eu (José Gil) conheci o Mestre António Dias por volta de 1982, quando este veio fazer uma apresentação do teatro Dom Roberto na minha escola, a convite da professora Lúcia Serralheiro (fundadora do grupo Pequenos Comediantes de Trapos e Farrapos em Alcobaça). Apesar de já ter visto várias vezes nas praias da Nazaré e em São Pedro de Moel o espectáculo Dom Roberto, nunca tinha tido a oportunidade de falar com o mestre António Dias. Nessa altura a professora Lúcia apresentou-me no fim do espectáculo ao “fantocheiro” António Dias, que pela minha memória, achou-me piada mas não me deixou entrar na barraca dele. Apesar de ter estado a falar comigo durante algum tempo, só me lembro de ele me dizer para eu ver o espectáculo com muita atenção (coisa que sempre fiz) até lhe disse que já sabia como é que ele fazia “aquilo” do touro e os forcados ao mesmo tempo (ele riu) a minha memória deste episódio fica por aqui.
Um ano depois (1983) aquando do 7º Encontro Nacional de Teatro de Fantoches em Alcobaça, organizado pela professora Lúcia Serralheiro e pelo grupo Pequenos Comediantes de Trapos e Farrapos, o António Dias também veio fazer o seu espectáculo ao encontro de fantoches na escola secundária nº1 (agora escola Inês de Castro).
Depois de acabar o espectáculo ele estava a descansar perto da porta do pavilhão que servia de sala de espectáculos e a professora Lúcia Serralheiro chamou-me e foi comigo ter com o mestre António Dias, onde mais uma vez me apresentou como um rapaz com muito jeito para os bonecos e o convenceu a mostrar-me a palheta e a ensinar-me a usa-la. (na altura pelo que a professora Lúcia diz, o Dias estava proibido de ensinar a “palheta” às crianças pelo FAOJ, não sei se é verdade ou não). Mas lembrou-me perfeitamente de ficar de boca aberta quando ele colocou a palheta na boca e fez o som dos robertos. Depois disse-me que era difícil e que eram preciso muito treino. Depois para meu espanto e da professora Lúcia, ele tirou a palheta da boca e deu-ma, agradeci, e coloquei-a logo na boca para tentar fazer a mesma coisa, mas não consegui. Ainda me lembro da cara da professora Lúcia que ficou enojada por eu ter colocado logo a palheta na boca. A partir daí nunca mais parei de tentar falar com a palheta e um ano depois encontrei o António Dias na Nazaré ou nas Caldas da Rainha, já não sei bem, com o Esteves, onde fui lhe mostrar que já era capaz de falar com a palheta, lembro-me do Esteves ter ficou chateado, por eu saber falar com a palheta, mas não me lembro de muita coisa desse encontro.
Em 1986 o dias faleceu na semana entre 6 e 12 de Setembro de 1986, mas não sei precisar a data (o João Paulo é capaz de saber pois ele é mais velho), depois continuei sempre a trabalhar com marionetas, mas nunca fiz o teatro Dom Roberto,(fiquei com um respeito tão grande pelo mestre António Dias e o Dom Roberto que achava que não estava há altura para o executar). Os anos foram passando e fui falando sempre com a “Palheta”, mas sem “montar” o espectáculo.
Assisti várias vezes ao Dom Roberto do João Paulo e mais tarde ao do Raúl Constante Pereira, aliás a primeira vez que vi o Raúl foi no Porto, não consigo precisar no tempo, mas tenho a memória de estarmos todos juntos numa esplanada e começarmos a falar com a palheta com os empregados do café, provavelmente num festival qualquer.
Depois de muita insistência por parte dos meus colegas de trabalho e de vários amigos, construi os bonecos do “barbeiro” e da ”tourada” com a ajuda da minha mãe que me fez os fatos.
Comecei a fazer o teatro Dom Roberto em 1998. Estreei em Alcobaça com as peças “O Barbeiro” e “A Tourada”, que fiz de memória e de algumas notas que tinha tirado para não me esquecer. Um ano mais tarde recuperei “Castelo dos Fantasmas”. Ao ver o filme Dom Roberto reparei que no início do filme, por trás do genérico aparece o espectáculo do Castelo dos Fantasmas.
Também tive a oportunidade de falar com o Raúl Solnado pensando que ele podia ter mais alguma informação sobre o Dias, mas quase não teve contacto com ele durante as filmagens do filme Dom Roberto. Nesse mesmo dia fiz o “Barbeiro” e a “Tourada” para o Raúl Solnado na Oficina dos S.A.Marionetas. Devo dizer que foi um momento único para mim, no final o Raúl Solnado diz-me: ”Ainda bem que há sempre algum carolas que não deixa morrer estas coisas”, neste caso já somos cinco carolas.
“Rosa e os três Namorados” recuperei a partir do texto do Azinhal Abelho. Destas duas últimas peças, lembro-me de a professora Lúcia dizer que o António Dias dizia que fazia com outra pessoa dentro da barraca, para ter mais fantoches ao mesmo tempo.
Também na entrevista a Cesário Cruz Nunes feita pelos alunos da professora Lúcia ele diz que chegou a trabalhar com o Dias, confirmando então o que o Dias dizia sobre um tal de rapaz alto que o chegou a ajudar nos espectáculos (também informação da professora Lúcia).
Ainda sobre o mesmo assunto, na praia de São Pedro de Moel, o concessionário das barracas e do bar da praia era amigo do António Dias. Hoje, a filha recorda que por vezes o Dias aparecia com outro amigo e faziam os dois ao mesmo tempo dentro de uma barraca maior o espectáculo, sempre acompanhado pelo fotografo do cavalinho!?!. (esta informação foi recolhida de várias entrevistas que eu e a Sofia Vinagre fizemos, com o intuito de procurar mais informação sobre o teatro Dom Roberto).
Entretanto já consegui juntar por duas vezes em Alcobaça no festival marionetas na Cidade, as pessoas que fazem o teatro Dom Roberto: João Paulo Seara Cardoso do Porto, Raúl Constante Pereira do Porto, Manuel Dias de Évora, José Gil de Alcobaça(Eu) e o Jorge Soares de Lagoa.
Espero que tenha sido bastante explícito neste meu relato sobre a minha experiência com o Mestre Dias e o Dom Roberto.
Fica ainda aqui o link para a entrevista a Cesário Cruz Nunes outro homem que fazia o teatro Dom Roberto http://www.samarionetas.com/robertos_entrevista_cesario_s.a.marionetas.htm
Abraços!!
José Gil
Rui Sousa - Este fim-de-semana proponho um roteiro diferente, com uma proposta de bom serão e uma proposta de bom acordar.
"Este fim-de-semana proponho um roteiro diferente, com uma proposta de bom serão e uma proposta de bom acordar.
Não pensem é que vão dormir muito de sábado para domingo... mas na verdade vão se divertir bastante e aprender muita coisa."
No que diz respeito a diversão proponho:
FLOWER POWER @ Escadas Parar O Céu - S.M.Feira
Sábado, 16 de Janeiro, pelas 23h, um novo conceito de noite Flower Power.
Rui SousaDJ Set
Convido-vos para uma viagem musical inspirada no tema Flower Power, onde viajaremos de S.Francisco (USA) até Manchester (UK), passando por inúmeras paragens onde as raízes foram repensadas mas os valores conservados.
Não sei se se aperceberam mas o tema "San Francisco" de Scott McKenzie, feito nos anos 60, tem tanta magia e cor quanto temas gravados hoje em dia e nos anos 90, como o tema "Fools Gold" dos Stone Roses, ou até mesmo como "Brimful of Asha" dos Cornershop.
Lanço-vos o "réptil"(como diria alguém que conheço) e convido-vos a entrarem num Escadas especialmente decorado, e convido-vos a dançarem com flores no cabelo. Boas Vibrações!
www.myspace.com/escadas
www.youtube.com/watch?v=g_HhwinPw-M
www.youtube.com/watch?v=k4bHMVAKDao
www.youtube.com/watch?v=Mq5E2Szf6ts
Peace and Love!
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Para os mais resistentes e que queiram dormir pouco, então temos o bom acordar.
Workshop de construção
de marionetas de papel por Rui Sousa
17 de Janeiro - 11h30
Fórum FNAC MARSHOPPING
Leça da Palmeira (ao IKEA)
Grátis e sem inscrição, restrito ao número de lugares existentes.
Há 10 anos que contruo marionetas usando apenas papel de jornal e fita-cola crepe.
Para além de outros métodos de construção que utilizo, este é sem dúvida aquele que é menos dispendioso e útil a todos para fazerem uma marioneta onde quiserem, quando quiserem e sem sujar.
www.youtube.com/watch?v=HXkm7gvIO-M
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Aguardando a vossa alegre presença, despeço-me até lá com um forte abraço.
Rui Sousa
www.ruisousa.pt
Ildeberto Gama : "Peço rectificação"
Ildeberto Gama : "Peço rectificação"
Peço desculpa mas peço que me seja permitida uma rectificação.
Na réplica ao João Paulo Seara Cardoso referi que prezaria ver neste espaço a intervenção de Rute Ribeiro e Luís Vieira.
Mea Culpa, Maxima Culpa, já que não verifiquei que, sob o texto a que repliquei, estava um post de 13 de Janeiro com a hiperligação com os verbetes integrais.
Depois de lidos com atenção é forçoso reconhecer que alguém truncou os textos destes nossos companheiros, com o inevitável acréscimo de confusão ou deturpação, portanto a responsabilidade deve ser em boa parte transferida para os responsáveis editoriais da EMAM.
Porém, há ainda parte não negligenciável da responsabilidade que se mantém sobre os ombros destes nossos colegas , e assim mantenho no essencial a minha crítica sobre o conteúdo dos verbetes e a metodologia para a sua produção.
Ildeberto Gama
Peço desculpa mas peço que me seja permitida uma rectificação.
Na réplica ao João Paulo Seara Cardoso referi que prezaria ver neste espaço a intervenção de Rute Ribeiro e Luís Vieira.
Mea Culpa, Maxima Culpa, já que não verifiquei que, sob o texto a que repliquei, estava um post de 13 de Janeiro com a hiperligação com os verbetes integrais.
Depois de lidos com atenção é forçoso reconhecer que alguém truncou os textos destes nossos companheiros, com o inevitável acréscimo de confusão ou deturpação, portanto a responsabilidade deve ser em boa parte transferida para os responsáveis editoriais da EMAM.
Porém, há ainda parte não negligenciável da responsabilidade que se mantém sobre os ombros destes nossos colegas , e assim mantenho no essencial a minha crítica sobre o conteúdo dos verbetes e a metodologia para a sua produção.
Ildeberto Gama
quinta-feira, janeiro 14, 2010
"Dom Roberto" por Ildeberto Gama
Meu querido amigo João Paulo Seara Cardoso,
Obrigadíssimo pela tua achega e correcção às minhas palavras. Mas sobretudo pelas revelações que fazes e que, por nunca terem saído dos círculos de amigos mais próximos e agora são tornadas públicas, assumem uma enorme importância para que algum futuro historiador possa ter maior número de fragmentos para a reconstituição da “fotografia” da Marioneta Portuguesa do que aqueles que nós, e alguns dos que nos antecederam, encontraram.
Tal como referes de ti e de mim, também eu próprio tenho perfeita consciência de que erro muito. Mas assumi correr esse risco com intuitos provocatórios que, felizmente, estão a produzir resultados, como o teu texto o comprova!
Aliás, muito prezaria ler aqui neste mesmo espaço, alguma réplica da Rute e do Luís - que estimo e aprecio, acima de qualquer crítica – e a quem enviei previamente a minha primeira intervenção antes de solicitar a respectiva publicação.
Mas voltando à matéria, certamente reparaste que salvaguardei a tua justa importância na aprendizagem dos segredos do Dom Roberto [disse: sem negar o facto e a mestria que JPSC veio a alcançar] o que fica ainda mais reforçado com este teu texto!
Porém, antes de escrever o que criticas, tive o cuidado de reconfirmar um facto, até então difuso na minha memória: O Gil de Alcobaça teve uma experiência com o Mestre Dias, seguramente menos extensa que a tua mas algo semelhante, isto é também “espreitando” e “tentando”, e uma época depois dos primeiros contactos, acabou também por surpreender o Mestre, na praia da Nazaré, com o uso da palheta e terá obtido reacção semelhante…
Obviamente, por diferenças de idade e de contexto, não tomou “copos” com o Mestre, não fez recolha de textos, etc., como tu oportunamente, até pela natureza das funções que exercias no âmbito da acção do mesmo organismo que pagava um ordenado ao Mestre, sob o freio do Francisco Esteves.
Mas o ponto que, no meu texto, pretendi salientar foi que, além de ti, ainda houve outra pessoa que “bebeu na fonte”: - O Gil, como a Prof. Lúcia Serralheiro ainda recentemente me confirmou, corroborando com o seu testemunho algo que em tempos me fora contado por ele.
Também algumas pessoas ligadas a um grupo amador que existiu na Glória do Ribatejo chegaram a ter contactos directos com o Manuel Rosado, que já estaria acamado na época e terão recolhido algum reportório, notas e acabaram por ficar depositários da colecção que muito mais tarde iria parar ao Museu da Marioneta. Mas sobre este assunto será melhor que procuremos o testemunho do Cristóvão Oliveira, antigo membro daquele grupo…
E, já agora, caro Amigo, a propósito do Esteves (que conheci mais de perto nos ensaios de “O Chapéu Mágico”, de Carlos Correia, e para quem executei os fantoches, enquanto aderecista e sob chefia então do José Carlos Barros) talvez tu nos pudesses esclarecer quando é que ele deixou a actividade (dizem que atirou os bonecos para o contentor do lixo… será?) Pois sei que na viragem do século, ao contrário do que é dito na Enciclopédia, ele já não estava activo. Já não sei, é se estaria ou estará vivo...
Bem-hajas, João.
Com um abraço,
Ildeberto Gama
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Ainda em relação à Encyclopedie e, lendo o que foi escrito pelo Ildeberto Gama, João Paulo Seara Cardoso diz:
Ainda em relação à Encyclopedie e, lendo o que foi escrito pelo Ildeberto Gama, começa a parecer-me que esta excelente polémica está a contribuir para a História das Marionetas em Portugal. Em post anterior eu já tinha dito o que me parecia que tinha a dizer sobre o assunto, mas como sou referido no texto terei que acrescentar mais alguma coisa. Ó meu caro amigo Gama, então não é que eu não estou nada de acordo com o que dizes sobre a transmissão do Teatro Dom Roberto de Mestre António Dias à nossa geração!!!
E pronto, aqui vai mais um contributo para a História da Marionetas em Portugal que poderá ser interessante e esclarecedor para a maior parte das pessoas.
Em 1981, num Encontro Nacional de Fantoches, vi pela primeira vez o Teatro Dom Roberto de Mestre António Dias. Nós, a malta nova e entusiasta, ficávamos fascinados e, no final das representações, lá íamos todos para junto do bonecreiro tentando descobrir os mistérios indecifráveis dos Robertos. Mas o Mestre guardava-os bem… E o Francisco Esteves, “guardião do templo”, sempre por perto, refreava os nossos ímpetos o mais que podia dizendo que aquilo era coisa “sagrada”. Bom, de volta a casa, os robertos ficaram-se-me colados no pensamento. Eu era, por essa altura, um interessado e estudioso de formas de teatro popular e o Teatro Dom Roberto configurava um extraordinário exemplo de teatro “democrático”, nesses tempos ainda imbuídos de um certo espírito pós-revolucionário. Senti que era necessário fazer alguma coisa para preservar aquele tesouro da nossa cultura. E decidi fazer o Teatro Dom Roberto. O que é certo é que, baseado nas notas que tinha tomado e, depois de muitas tentativas e ensaios, lá consegui fazer A Tourada. Um ano depois, em 11 de Setembro de 1982, apresentei a peça no Encontro Nacional de Fantoches de Aveiro, integrado num espectáculo do TAI –“ Trupe Maravilha”, perante o olhar incrédulo dos meus amigos marionetistas e do grande António Dias. A representação até correu bem, mas toda a gente deve ter sentido um certo desconforto e deve ter tido a sensação de que alguma coisa tinha sido profanada. O Mestre Esteves criticou-me com alguma rudeza. Eu estava super nervoso e receoso mas, quando cheguei à porta do teatro, o Dias veio logo ter comigo. E eu pensei: “Estou feito!” Olhou para mim com aquele olho que ainda via alguma coisa e disse-me discretamente:” Você tem jeito”. Foi um alívio! O Mestre não me tinha dado uma paulada. Depois fomos os dois beber um copo e ele confessou que, apesar da “malta nova” insistir muito com ele, a sua arte não era coisa que se ensinasse assim sem mais nem menos, como alguns pretendiam. No meio da conversa, eu disse-lhe qualquer coisa deste género: “Ó Mestre, gostava muito que me ensinasse os Robertos, mas penso que seria também muito importante fazer um registo e um estudo do seu teatro. Lembre-se que você é o último bonecreiro profissional em actividade e esta tradição tão bonita corre o risco de se perder”. Ele concordou e adorou a ideia de vir até ao Porto para trabalharmos juntos. Como estava destacado no FAOJ (era funcionário do Instituto de Tecnologia Educativa – com ordenado mensal pela primeira vez na sua vida, graças ao Mestre Esteves ) e eu também aí trabalhava, combinamos tudo entre nós e eu apresentei uma proposta interna. Em Janeiro de 1983, o Mestre Dias chegava ao Porto para uma estadia de trabalho de 12 dias (que se viria a prolongar por mais 10), que previa espectáculos nos Jardins do Porto, que tinham tradição de Robertos e nos quais ele tinha actuado há muitos anos, encontros com grupos de teatro e associações, actuações nas escolas e sessões de trabalho para registo das peças e da sua longa vida de bonecreiro. Foi o grande momento de merecida consagração da sua vida; os jornais e a televisão deram excelente cobertura e o Mestre foi extraordinariamente acarinhado pelas pessoas que foi conhecendo. O maior estudioso da história do Porto, Germano Silva, que o conhecera nos anos 40, escreveu no Jornal de Notícias:”Com o seu capote surrado, com a cegueira velando-lhe os olhos, continua ele, sem parança, cavalgando as asas do sonho, por todo este país que ainda não pagou a quem mais deve”. Para mim e para ele foram dos melhores tempos das nossas vidas. Trabalhávamos bastante, mas sobrava sempre um pouco de tempo para irmos a uma tasquinha onde tagarelávamos agarrados a um copo de vinho. Como eu gostava daquele homem… Era de uma generosidade enorme! E lá fomos fazendo o registo das peças, em vídeo. Quando chegou a altura de gravar “A Rosa e os Três Namorados”, que ele já não fazia há muitos anos, ensinou-me pacientemente o meu papel de “moço-ajudante” e lá nos metemos os dois dentro da barraca… foi uma boa sensação!
Recordo-me também que andamos à procura nas retrosarias antigas do Porto da famosa fita de nastro em que deviam ser feitas as palhetas (“é aquela que tem um gatinho…”). E encontramos. Fabriquei-lhe meia dúzia de palhetas segundo as suas recomendações, porque ele já estava quase cego e não era capaz de o fazer. Nos finais de Janeiro despedimo-nos na estação de Campanhã e o Mestre voltou para Lisboa.
Ficamos ligados para sempre. Ele tinha um grande desgosto que o seu filho Zé não quisesse aprender os Robertos e eu, provavelmente, fui um pouco a compensação para a sua mágoa. Ainda veio algumas vezes ao Senhor de Matosinhos, por iniciativa do Queiroga Santos, e era nesses ambientes que o Mestre se sentia bem. Visitava-o em Lisboa frequentemente. Nunca me deixou ir a sua casa (“é muito pobre, percebe…”). Encontrávamo-nos num tasco próximo e púnhamos as conversas em dia. A sua saúde não andava nada boa desde que, há alguns anos atrás, tivera um AVC que lhe afectara a visão e a fala. A mulher também estava muito mal, por essa altura. E o filho andava metido em maus caminhos… Às vezes, pedia-me dinheiro para medicamentos e para os estudos do filho.
Quando o Mestre faleceu, em Agosto de 1989, na sequência de um incêndio que ele próprio tinha provocado na casa, devido à falta de visão, eu estava de férias, incontactável. Não soube de nada. Quando cheguei a casa, tinha um telegrama com a notícia da morte que tinha ocorrido há quinze dias. Claro que chorei, porrrrra, eu gostava mesmo daquele homem. Chapou-se-me no pensamento a fachada da sua pobre casa a arder e não pude deixar de recordar que o fogo também já tinha levado para o céu os “diabos” de Santo Aleixo e o “diabólico” Judeu. Aquele diabinho vermelho que ardia dentro da mala do Mestre estava a rir-se. Ele também ia para o céu, para junto dos anjos. Benditos bonecos, bendito homem.
De uma forma muito sucinta (e, desculpem, um pouco emocionada) – um dia gostaria de escrever mais desenvolvidamente sobre esta e outras questões – é esta a história do meu relacionamento com Mestre António Dias e a origem do meu amor e dedicação aos robertos, que viria a mudar a minha vida – foi nesta altura que decidi dedicar-me em exclusivo às marionetas.
Conclusão: as frases que constam na Encyclopedie, “… Mestre António Dias, que transmitiu a sua experiência a João Paulo Seara Cardoso, que o acompanhou até ao fim da sua carreira e recriou todo o seu reportório” e “… António Dias, que com o seu Teatro Dom Roberto, constituiu uma fonte de inspiração para as jovens gerações, transmitiu o seu reportório e o seu testemunho a João Paulo Seara Cardoso”, estão CORRECTÍSSIMAS.
Não há, pois, nenhuma “inverdade” nem nenhuma “desonestidade intelectual” nas afirmações! Existem, na verdade, mais três pessoas que fazem os robertos em Portugal: o José Gil, o Raul Pereira e o Manuel Dias. Todos começaram a fazer os seus espectáculos depois da morte de Mestre Dias. O Raul foi o primeiro. Aprendeu comigo e confesso que me custou, foi como se me tirassem um filhinho das mãos mas, pronto, eu sabia que teria que ser assim. Tenho um orgulho enorme da nossa “confraria dos robertos” e senti-me imensamente feliz quando, pela primeira vez, actuamos os quatro em frente ao Mosteiro de Alcobaça.
E pronto, amigo Gama, como vês, o teu excelente post trilingue também contém erros “grosseiros”. Este que acabo de escrever também os poderá ter. Ninguém é perfeito, isso seria uma chatice. Como disse o Beckett: “Try again. Fail again. Fail better.”
Um abraço para todos.
João Paulo Seara Cardoso
versão original enviada pelos autores dos verbetes sobre portugal para a enciclopédia
Aqui fica a versão original enviada pelos autores dos verbetes sobre portugal para a enciclopédia http://portugalencyclopediedelamarionnette.blogspot.com VEJAM AS DIFERENÇAS!!!!
segunda-feira, janeiro 11, 2010
Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes aura lieu du 16 au 25 Septembre 2011.
http://pagesperso-orange.fr/unima/uniF13.htm
C'est, maintenant, officiel: le prochain Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes aura lieu du 16 au 25 Septembre 2011.
Il semble que, suivant son idée de réaliser un festival tous les 2 ans, l'organisation ai décidé de réduire le temps entre deux éditions.
Selon le site du Festival, les compagnies désirant jouer à Charleville doivent remplir et retourner le Formulaire d'Inscription avant le 31 Août 2010.
DELPHIM MIRANDA no Museu da Marioneta em Lisboa de 7 a 24 de Janeiro 2010
...QUERES QUE TE CONTE OUTRA VEZ?....
7 a 24 de Janeiro 2010
Público-alvo: M4
Duração: 40 min.
Preço: Semana (Escolas por marcação) - 3€; Fim-de-semana: Crianças 5€, Adultos 7€
Horários: 3ªs a 6ªs - 10h30; Sábados - 16h00; Domingos - 11h30
“Um destes dias encontrei, ao fundo das escadas, uma história toda encolhida a um canto…”. Assim começa um dos quatro pequenos contos originais que Delphim Miranda traz na bagagem, para partilhar convosco. Contos esses que, na sua simplicidade, trazem subjacentes alguns ensinamentos.
Delphim conta com as Marionetas e os Adereços, auxiliares preciosos deste seu acto de comunicar e de partilhar as suas alegrias.
O Palhaço Piruetas faz das suas, o Dragão Verde já não mete medo a ninguém e o Pirata é da Perna de Pau, do Olho de Vidro, da Cara de Mau… Os Dados? Esses estão viciados!... Ah!... E até já tem um gato de seu nome “Gatafunho”… Assim, outro Galo cantará!...
domingo, janeiro 10, 2010
ABERTURA DOS APOIOS DIRECTOS 2010 NAS MODALIDADES DE APOIO ANUAL E APOIO PONTUAL
ABERTURA DOS APOIOS DIRECTOS 2010 NAS MODALIDADES DE APOIO ANUAL E APOIO PONTUAL
A Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura, no cumprimento das suas atribuições e na sequência do Despacho da Senhora Ministra da Cultura de 30 de Dezembro de 2009, anuncia a abertura dos procedimentos concursais das modalidades de Apoio Anual e de Apoio Pontual para 2010.
APOIOS PONTUAIS -
http://www.dgartes.pt/contents.php?month=1&year=2010§ionID=90§ionParentID=27&lang=ptAs candidaturas são submetidas por via electrónica, mediante o preenchimento e submissão online do formulário entre as 10h00 do dia 13 de Janeiro e as 17h00 do dia 2 de Fevereiro de 2010.
APOIOS ANUAIS -
http://www.dgartes.pt/contents.php?month=1&year=2010§ionID=89§ionParentID=27&lang=pt
quinta-feira, janeiro 07, 2010
construção de marionetas em Gondomar (23 a 30 Janeiro) com a companhia Mandrágora
Caros Senhores
A Companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora irá realizar nas instalações da Biblioteca Municipal de Gondomar mais uma acção de formação, direccionada para a construção de marionetas.
A acção decorre nos dias 23 e 30 de Janeiro, num total de 14 horas e tem um custo de 40 euros, com material de construção incluído.
Pedimos a todos os interessados o envio de email de resposta para preenchimento da ficha de inscrição. O limite de participantes é de 20 inscrições.
Formador enVide neFelibata, director plástico da Companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora.
Sobre a Formação:
A formação incide na construção de uma marioneta. Designadamente de uma marioneta de manipulação de luva conhecida por fantoche. Cada participante irá construir individualmente a sua personagem, a partir de conceitos de escultura e modelação de figuras. No final da formação as marionetas ficarão propriedade dos participantes.
A Companhia tem desde 2002 realizado variadas formações na vertente da construção e manipulação de marionetas dirigidas à infância como para adultos e profissionais das artes do espectáculo.
Agradecemos o apoio na divulgação desta acção de formação.
Contacto telefónico para a actividade:
93 8940122
--
Os melhores cumprimentos
Filipa Alexandre
Teatro e Marionetas de Mandrágora
sede
Rua do Quinéu, 75
4510-122 Jovim Gondomar
Casa das Marionetas de Mandrágora
R. do Pinheiro Manso, 319
S. Cosme, Gondomar
Contactos:
963394153
914514756
Espaço web:
www.marionetasmandragora.com www.marionetasmandragora.blogspot.com www.miudosdasmarionetas.blogspot.com
quarta-feira, janeiro 06, 2010
as comemorações da República e as marionetas!!!!
no ano que se comemora os 100 anos da República Portuguesa vários projectos artisticos vão surguir, nós aqui como damos destaque aos bonecos deixamos aqui algumas informações. Assim iremos ter 3 produções de companhias profissionais de marionetas dedicadas ao centenário da república, a companhia TFA-teatro de formas animadas de Vila do Conde, a companhia Limite Zero do Porto e os S.A.Marionetas de Alcobaça já estão todos a trabalhar nas suas novas produções. para já não sabemos mais nada, mas prometemos ficar atentos!!!
domingo, janeiro 03, 2010
NOTAS SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DE RRi E DE LV PARA A EMAM, REPRESENTANDO ’PORTUGAL’
(PORTUGAIS/PORTUGUESE/PORTUGUÊS)
NOTAS SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DE RRi E DE LV PARA A EMAM, REPRESENTANDO ’PORTUGAL’
I
De uma enciclopédia temática espera-se a reunião de todos os conhecimentos humanos sobre o tema que versa, expostos de maneira ordenada, metódica e segundo critérios determinados e objectivos, permitindo uma visão clara e de significado universal, produzida geralmente por vastas equipas de especialistas, sob coordenação editorial comum.
II
Espera-se, pois, que os autores de cada verbete ou ”entrada” exerçam o seu mister sujeitos a regras metodológicas rigorosas através da recolha, análise e tratamento do máximo de informação que seja possível recolher sobre o objecto em questão, conferindo e comprovando, sob critérios científicos, as fontes e produzindo a síntese final expurgada ao máximo de qualquer vestígio de subjectividade.
III
Do rigor da observância de tais princípios ao longo de toda a obra depende o maior ou menor prestígio que esta adquire, sobretudo quando pretenda obter o estatuto “de referência” através da apresentação de uma perspectiva que represente o absoluto “the state of the art” da sua área temática. Portanto, não se esperaria menos da EMAM.
IV
Porém, tal rigor metodológico não aconteceu nos verbetes relativos a Portugal, a cargo de Rute Ribeiro (RRi) e Luís Vieira (LV).
V
Qual o modo de selecção e o critério usado pelo Comité Editorial e pela Redacção da EMAM para a escolha dos redactores desses verbetes, não importa agora questionar. O que se pretende é analisar, criticar e – para futuro - ver rectificado, é o enorme desvio aos princípios anteriormente referidos.
VI
Ora nos verbetes sobre a Marioneta em Portugal (pag. 215-216, 433, 556-559, 616-617, 618, 638 e 684) é detectado um tratamento muito diferenciado e diversificado no que se refere à recolha e tratamento da informação sobre cada um dos ‘objectos’, perceptível na bibliografia referida, resultando em algumas situações que representam mais a ideia que os autores têm - preconceituosa e opinativa - sobre o item em questão que o resultado de uma análise cuidada assente em critérios científicos e sustentada em fontes escrutinadas e revistas.
VII
Assim, no primeiro verbete, DOM ROBERTO (Teatro) [215-216]:
i. Não houve o cuidado de descodificar o sentido da expressão idiomática “teatro de cordel” tendo por resultado, na língua francesa, o aparecimento de um novo “autor” de seu nome Cordel.
ii. Afirma-se que o teatro Dom Roberto é manipulado por uma só pessoa, o que não é inteiramente verdade pois há passes em que é indispensável a participação de um assistente, nomeadamente em “A Rosa e os três namorados” e até em “O Castelo dos Fantasmas”.
iii. Menciona-se com inteira justiça o grande António Dias mas, a ideia expressa de que João Paulo Seara Cardoso foi o exclusivo usufrutuário da transmissão da sua experiência, é redutora - sem negar o facto e a mestria que JPSC veio a alcançar – e constitui uma inverdade ou desonestidade intelectual.
iv. A referida citação sobre António Dias e a transmissão do seu saber, atrás referida, é duplicada no verbete PORTUGAL [557-559] quando bastaria uma remissão ao primeiro verbete, como feito no verbete PORTO (Teatro de Marionetas do) [556-557].
VIII
No verbete LISBOA (Marionetas de) [433] as únicas fontes referidas são duas notícias de jornais diários, do mesmo dia, sobre incidentes que então ameaçavam a companhia (ameaça de demolição da Casa das Marionetas). Indica-se a peça de estreia e atribui-se a respectiva encenação a alguém (José Ramalho) que nessa época ainda integrava outra companhia (A Lanterna Mágica). Com estreia na sala Polivalente do ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian, o Dom Quixote e Sancho Pança teve marionetas e direcção artística de José Carlos Barros, Música de Paulo Brandão e cenários de Mestre Lima de Freitas, como referido no programa editado pela F.C.G., o qual ainda continha o texto adaptado por Norberto Ávila e assim seria naturalmente a fonte primária; existiram inúmeras citações da imprensa da época, reflectindo o impacto que o espectáculo produziu, não faltando outras referências bibliográficas igualmente apropriadas. Foi em 1990 que José Ramalho rendeu J.C. Barros na direcção artística da companhia.
É incompreensível e lamentável que RRi e LV, habitando a mesma cidade e cruzando-se amiúde com responsáveis passados ou presentes desta companhia, nunca tenham sequer tentado confirmar junto de algum destes qualquer informação acerca das Marionetas de Lisboa para a produção de um verbete tão minimalista e afinal eivado de erro tão grosseiro.
IX
Contudo, no verbete PORTO (Teatro de Marionetas do) [556-557] não são detectados erros.
X
No verbete PORTUGAL [557-559] é feito um resumo histórico situando, antes de 1569, os bonifrates importados da China como os precursores da marioneta Portuguesa! O que os autores parecem desconhecer é que muito, muito antes já existiam viagens e trocas culturais na Europa envolvendo portugueses; o nosso primeiro rei, no séc. XII, era ele próprio filho de um borgonhês…, o nosso Infante das Sete Partidas como sinónimo de homem viajado e culto… e no que às marionetas diz respeito, já Tomé Pires, em 1516, encontrava em Java um evento [fazem sombras de Diversas feicoëes] semelhante a algo que se fazia então em terras portuguesas [como beneditos em purtuguall] (veja-se CORTESÃO, Armando, The Suma Oriental of Tomé Pires and the Book of Francisco Rodrigues, Hayaduk Society, Londres, 1944).
Parece ser, pois despropositada aquela hipótese de filiação da origem da marioneta portuguesa, sendo certo, porém, que, á semelhança do que ocorre no restante território europeu, tem origens remotas e obscuras.
A descrição sobre a história do século XVIII até à Revolução dos Cravos (1974) não levanta grandes objecções, atendendo ao espaço disponível do verbete. No entanto, a referência a Manuel Rosado peca por referir as suas “alcunhas” que, no contexto da enciclopédia, são informação irrelevante e incompreensível na medida em que, pela peculiaridade linguística, não fazem sentido sem a respectiva tradução: o “Moca” / “ le bâton” de Almeirim (referência geográfica à área da sua residência) ou do Pego ou ainda “Pegacho” (referência geográfica à área da sua terra natal, Pego de Abrantes) e não destaca o seu papel de empresário teatral, com vários empregados como, por exemplo, o próprio António Dias, João António de Santa Bárbara ou Isidro Esteves, o que daria assim uma imagem mais correcta da dimensão do que foi o Pavilhão Mexicano. Já quanto à história mais recente e à síntese da actualidade, faltou equilíbrio e seriedade.
Destacar o trabalho das Marionetas de São Lourenço e omitir o Teatro de Fantoches Perna de Pau, a acção de Francisco Esteves no então FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis) ou de Lúcia Serralheiro na área da marioneta educativa, é redutor da dinâmica do renascimento da marioneta portuguesa de que o aparecimento, por um lado, da nova família dos Bonecos de Santo Aleixo no quadro do CENDREV e, por outro lado, das Marionetas de Lisboa e das Marionetas do Porto, foi representativo sinal. A referência a Francisco Esteves em “Parmi les troupes portugaises se produisant au début des années deux mille(...)” é um erro crasso. E com três linhas mais no verbete, poderiam já ter sido referidas novíssimas estruturas, com projectos muito diversificados, dando uma ideia mais fidedigna do que é a actual realidade portuguesa que alia unidades já com o peso da história a outras carregadas de futuro. Afinal, aqui, a oportunidade para apresentar o nosso The State of the Art.
XI
Sobre o verbete SANTO ALEIXO (Bonecos de) [616-617] parece não haver reparos; porém, a legenda da ilustração 395 entra em grosseira contradição com o corpo do verbete, anunciando “les poupées comme un patrimoine […] datand du XVI e siècle…”. Alexandre Passos, autor de uma belíssima História dos bonecos citada na bibliografia, é aqui apresentado como “ [cette tradition] la fait revivre aujourd’hui.”, o que é uma infeliz encomendação.
XII
Sobre o verbete SÃO LOURENÇO (Marionetas de) [618] refere-se a redenominação da companhia em 1974, mas em toda a sua extensão: Marionetas de São Lourenço e o Diabo. Também na descrição da técnica desenvolvida é omitida a evidente inspiração nalgumas técnicas da marioneta terapêutica então praticadas no estrangeiro. O resultado artístico alcançado e a repercussão social produzida não ficam de modo algum diminuídos pelo reconhecimento desse facto. Na referência aos manipuladores iniciais poderiam ter sido referidos outros nomes maiores do teatro português como o actor João Perry (que, aliás, fez uma belíssima evocação dessa sua experiência, manipulando uma marioneta segundo a mesma técnica, no quadro “Almada Negreiros” em Passa por mim no Rossio levado à cena no Teatro Nacional D.ª Maria II em 1991) e Eugénia Vasques, mais tarde crítica teatral e professora da Escola Superior de Teatro e Cinema.
XIII
O verbete SILVA (ANTÓNIO José da Silva] [638] corresponde razoavelmente ao esperado. A execução do Judeu, contudo, ocorreu na madrugada de 19 de Outubro. Também ficou omissa na bibliografia do Judeu, a peça em castelhano El Prodígio de Amarante, como admitido por FRÉCHES [ bibliographie : 728.] e comprovado em DINES, Alberto e ELEUTÉRIO, Victor, O Judeu Em Cena, El prodígio de Amarante, EDUSP, São Paulo, Brasil, 2005.
XIV
O último verbete, naturalmente não apresenta incorrecções: os autores falam na primeira pessoa.
XV
Um verbete cuja ausência se não compreende é o de LISBOA (Museu da Marioneta de): trata-se de uma instituição municipal (http://www.museudamarioneta.egeac.pt/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=39) que recuperou o património do Museu da Marioneta inicial fundado em1987 e referido no verbete SÃO LOURENÇO (Marionetas de) [618], o qual se tornou no motivo nuclear que conduziu à profunda, longa e dispendiosa reabilitação do antigo Convento das Bernardas, situado numa zona nobre e popular (Madragoa) da cidade, para aí ser instalado e onde a companhia A Tarumba também foi privilegiada com o usufruto de instalações.
Que os autores dos verbetes (e mentores de A Tarumba) tenham esquecido essa realidade é significativo da ligeireza com que participaram na elaboração deste trabalho.
XVI
Está anunciada a preparação de edições da EMAM noutras línguas e suportes. Esperamos que seja aberta a possibilidade de introduzir correcções e actualizações.
XVII
Instamos, pois, o Comité Editorial, o Redactor-Chefe e os redactores portugueses a terem em atenção os reparos que vêm sendo feitos, ao desenvolvimento da polémica em sites e blogues da especialidade (nomeadamente o Teatro de Marionetas em Portugal com o endereço http://marionetasportugal.blogspot.com/ ) e que tenham sobretudo em atenção a opinião da UNIMA-P, a estrutura representativa dos marionetistas portugueses fundada em 1989, que é o fórum adequado ao debate destes temas.
Lisboa, 30 de Dezembro de 2009
Ildeberto Gama,
Marionetista co-fundador das Marionetas de Lisboa,
Aderecista do Teatro Nacional D.ª Maria II,
Designer de cena, licenciado pela Escola Superior de Teatro de Lisboa,
com Pós –graduação em Teatro e Comunidade.
Informação complementar independente em
http://www.fl.ul.pt/CETbase/reports/client/Report.htm?ObjType=Pessoa&ObjId=1021
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(FRANÇAIS/ FRENCH/FRANCÊS)
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Notes sur la contribution de RRi et de LV pour EMAM, en représentant le PORTUGAL
I. D'une encyclopédie thématique on attend la réunion de toutes les connaissances humaines sur le sujet qui exploit, exposés de manière commandée, méthodique et selon des critères déterminés et objectifs, en permettant une vision claire et de signification universelle, produite en règle générale par de vastes équipes de spécialistes, sous coordination éditoriale commune.
II. On attend, donc, que les auteurs de chaque «entrée» exercent leur expertise sujets à des règles méthodologiques rigoureuses à travers la collecte, à l'analyse et au traitement du maximum d'informations possibles de rassembler en visant l'objet concerné, en conférant et en vérifiant, sous des critères scientifiques, les sources et en produisant la synthèse finale expurgée au maximum de tout vestige de subjectivité.
III. Du scrupuleux respect de tels principes le long de toute l'œuvre dépend le prestige que celle-ci acquiert, surtout quand elle envisage la reconnaissance d’un statut « de référence » à travers la présentation d'une perspective qui représente le absolu «state of the art » de son secteur thématique. Donc, on ne s'attendrait pas moins de l’EMAM.
IV. Néanmoins, telle rigueur méthodologique n’est pas détectable sur les entrées relatives au Portugal, à charge de Rute Ribeiro (RRi) et Luís Vieira (LV).
V. Ici, il n’importe pas discuter la méthode de sélection et le critère usé par le Comité Éditorial et par la Rédaction de EMAM pour le choix des rédacteurs de celui-là entrées. Ce qu’on prétend c’est analyser, critiquer et - pour l’avenir - voir rectifié, c'est l'énorme détour aux principes précédemment mentionnés.
VI. Cependant, dans les entrées respectant la Marionnette au Portugal (p. 215-216, 433, 556-559, 616-617, 618, 638 et 684) on peut détecter un traitement très différencié et diversifié en ce qui concerne la collecte et le traitement des informations sur chacune des `objets', perceptible dans la bibliographie rapportée, et en conséquence quelques situations représentent plus l'idée – plutôt opinion distordue - que les auteurs possèdent par avance a propos de l'item concerné que le résultat d'une analyse soignée, soit basé dans des critères scientifiques ou soutenue dans des sources scrutinées et révisées.
VII. Ainsi, dans la première «entrée», DOM ROBERTO (Théâtre) [215-216] :
i. Les Auteurs n'ont pas eu le soin élémentaire de décoder le sens de l'expression idiomatique «teatro de cordel» traduit par “théâtre de Cordel» en ayant par résultat, dans la langue française, la naissance d'un nouvel «auteur » quand «teatro de cordel» se rapporte à un genre de brochures, la plupart, en verse et anonymes et lesquelles, pendus d’une ficelle, étaient vendus aux foires par des aveugles.
ii. Les Auteurs affirment que le théâtre Dom Roberto est manipulé par une seule personne, ce qui n'est pas entièrement vrai car il y a des canevas où il est indispensable la participation d'un assistant manipulateur, notamment dans « La Rose et les Trois Amis » et même dans « le Château des Fantômes ».
iii. Les Auteurs mentionnent avec entière justice le grand António Dias, mais mentionner que João Paulo Seara Cardoso a été l'exclusif usufructuaire de la transmission de son expérience, est réductrice - sans nier ni le fait ou l’excellence que JPSC viendrait à atteindre – cela constitue une déformation de la vérité.
iv. La citation a propos de António Dias et la transmission de son savoir, derrière rapportée, c'est duplicata dans l’«entrée» PORTUGAL [557-559] quand il suffirait une remise à la première «entrée», comme on a fait dans l’«entrée» PORTO (Théâtre de Marionnettes de) [556-557].
VIII. Dans l’«entrée» LISBONNE (Marionnettes de) [433] les seules sources mentionnées par les Auteurs sont deux observations de journaux quotidiens, du même jour, sur des incidents qui alors menaçaient la société (menace de démolition de la Maison des Marionnettes). Les Auteurs indiquent la pièce de étrenne et ils attribuent la respective mise en scène à quelqu'un (José Ramalho) qui à cette époque-la il intégrait une autre société (la Lanterne Magique). En fait, le groupe étrenne dans la salle du Service ACARTE de la Fondation Calouste Gulbenkian de Lisbonne, le spectacle Dom Quixote et Sancho Pança fût créé d’une adaptation faite par le dramaturge Norberto Ávila à partir du texte de Da Silva/ dit Le Juif, avec des marionnettes et direction artistique de José Carlos Barros, musique de Paulo Brandão et décors du maître Lima de Freitas, comme rapporté dans le programme édité par la F.C.G., lequel contenait aussi le texte qu’on jouait sur scène, et donc ce serait naturellement la source primaire ; Il ne serait pas difficile de trouver aussi d'innombrables citations de la presse du temps, en reflétant l'impact que le spectacle a produit, en ne manquant pas d'autres références bibliographiques également appropriées. En 1990 José Ramalho remplaça alors J.C. Barros dans la direction artistique de la société.
C’ est incompréhensible et lamentable que RRi et LV – demeurant à la même ville et souvent en se croisant avec des responsables de cette société - n'eussent jamais essayé de confirmer, auprès de quelqu’un de ces responsables, toutes les informations concernant les Marionnettes de Lisbonne pour la production de l’«entrée», en plus tellement aussi réduite et, après tout, contaminée d’une erreurs aussi brutes.
IX. Néanmoins, dans l’«entrée» PORTO (Théâtre de Marionnettes de) [556-557] nous n’avons pas détecté des erreurs.
X. Dans l’«entrée» PORTUGAL [557-559] les Auteurs font un résumé historique en identifiant, avant 1569, des bonifrates importés de la Chine comme les précurseurs de la marionnette Portugaise ! Ce que les auteurs semblent méconnaître c’est que des voyages et des échanges culturels en Europe on existé toujours; par exemple, le fondateur de la nationalité, dans le siècle. XII, était lui-même fils d'un chevalier de Bourgogne…, Pierre de Portugal, connu par le surnom de l’Infant des Sept parties du Monde comme synonyme d'homme voyagé et cultivé, etcetera. Mais, en ce qu’aux marionnettes on dit respect, déjà Tomé Pires, a l’année de 1516, décrivait à Java un événement [fazem sombras de Diversas feicoëes /ils font des ombres de riches aspects] semblable à quelque chose qui se faisait alors dans des terres portugaises […como beneditos em purtuguall /…comme des bénédictes au Portugal] (voir : CORTESÃO, Armando, The Suma Oriental of Tomé Pires and the Book of Francisco Rodrigues, Hayaduk Society, Londres, 1944). Donc, il nous semble être déraisonnable cette hypothèse de filiation de l'origine de la marionnette portugaise, en étant, néanmoins, correct que, semblablement à ce qui arrive au restant territoire européen, elle a des origines éloignées et obscures. Des influences ? Peut-être, mais l’importation de Chine cela nous semble excessif.
XI. La description sur l'histoire du siècle XVIII jusqu'à la Révolution des Œillets (1974) ne soulève pas de grandes objections, en faisant attention à l'espace disponible pour cette «entrée».
Néanmoins, sur la référence à Manuel Rosado cette-ci n'acquiert aucun avantage en référer ses «surnoms», apportant alors, dans le contexte de l'encyclopédie, des informations inutiles et incompréhensibles, dans la mesure où, par la particularité linguistique, elles ne sont pas compréhensibles sans la respective traduction : o “Moca” / “ le bâton” de Almeirim (référence géographique de sa résidence) ou de Pego ou encore «Pegacho» (référence géographique à son lieu de naissance, petit village auprès de Abrantes).
En plus, et ce que deviendrait beaucoup plus important, on ne détache pas son rôle d'entrepreneur théâtral, avec plusieurs employés comme, par exemple, António Dias, lui-même, João António de Santa Barbara ou Isidro Esteves, nous rendant ainsi une image plus correcte de la dimension et l’importance du théâtre démontable de Rosado, le Pavilhão Mexicano.
En ce qui concerne à l'histoire la plus récente et à la synthèse de l'actualité, c’est fort évident la manque d’équilibre et la gravité des pré jugements. Détacher le travail des Marionnettes de Sain Lourenço et omettre le Théâtre de Marionnettes Perna de Pau (Jambe de Bois), l'action de Francisco Esteves pendant longs années au sein du FAOJ (Fond d'Aide aux Organismes Juvéniles), ou aussi de Lúcia Serralheiro dans le secteur de la marionnette éducative, est réducteur de la dynamique de la renaissance de la marionnette portugaise dont la parution, d'une part, de la nouvelle famille des Poupées de Santo Aleixo à Évora et, d'autre part, des Marionnettes de Lisbonne et des Marionnettes de Porto, a été un représentatif signe. La référence à Francisco Esteves dans « Parmi les troupes portugaises si produisant au début des années deux mille (...) » est une erreur grosse. Et avec trois lignes plus dans l’«entrée», les Auteurs pourraient déjà avoir rapporté de récents structures, avec des projets très diversifiés, et en donner une idée plus digne de foi de ce que c'est l'actuelle réalité portugaise qui rassemble des unités avec le poids de l'histoire à bien d’autres chargées d'avenir. Après tout, ici, l'occasion pour présenter The State of the Art de la Marionnette au Portugal.
XII. Sur l’«entrée» SANTO ALEIXO (Bonecos de) [616-617] il semble ne pas y avoir de repères ; néanmoins, le sous-titre de l'illustration 395 constitue forte contradiction avec le corps de l’«entrée», en annonçant erronément «les poupées comme un patrimoine […] datant du XVI et siècle… ». Alexandre Passos (auteur d'une splendide Histoire de ces marionnettes populaires, mentionnée dans la bibliographie) il est faussement présenté comme s’il était le moteur du renouvellement de cette tradition.
XIII. Sur l’«entrée » SÃO LOURENÇO (Marionnettes de) [618] les auteurs omettent la dénomination de la société, dans toute son extension et très signifiant dans le contexte historique, en 1974: Marionetas de São Lourenço e o Diabo.
Aussi dans la description de la technique développée, il est omis l’inspiration dans certaines techniques de la marionnette thérapeutique, alors pratiquées à l'étranger. Le résultat artistique atteint et la répercussion sociale produite ne sont jamais diminués par la reconnaissance de ce fait, cependant que déclarer l’invention de celle technique par les mentors de la troupe c’est une grosse erreur.
Dans la référence aux manipulateurs originaux de la troupe on pourrait avoir été rapportés d’autres noms majeurs du théâtre portugais, comme l'acteur João Perry (que, d'ailleurs, il a fait une splendide évocation de son expérience, en manipulant une marionnette selon la même technique, dans le tableau « Almada Negreiros » dans Passa por mim no Rossio, énorme succès de public et de la critique en 1991/2, au Théâtre National D. Maria II) et Eugénia Vasques, plus tard critique théâtral et enseignante de l'École Supérieure de Théâtre et Cinéma.
XIV. L’«entrée» SILVA (ANTÓNIO José Da Silva] [638] correspond raisonnablement à ce qu’on pourrait espérer. L'exécution du Juif, néanmoins et selon récents conclusions, s'est produite dans l'aube du 19 octobre. Les Auteurs ont omis aussi, dans la bibliographie du Juif, la pièce écrit en castillan El Prodigio de Amarante, comme l’admit FRÉCHES [bibliographie : 728.] et le certifie Alberto Dines (DINES, Alberto et ELEUTÉRIO, Victor, O Judeu em Cena, O Prodigio de Amarante, EDUSP, São Paulo, Brésil, 2005).
XV. La dernière «entrée», ne présente pas d'incorrections : les auteurs fassent son témoignage sur eux mêmes.
XVI. Un «entrée» dont l'absence on ne comprend pas, c’est celle de LISBONNE (Musée de la Marionnette de) : il s'agit d'une institution municipale (http://www.museudamarioneta.egeac.pt/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=39) qui a récupéré le patrimoine du Musée de la Marionnette originale établie em1987, et que c’est devenue une des raisons nucléaires qui ont conduit la Mairie à la prise en charge d’une profonde, longue et coûteuse réhabilitation d’un ancien couvent (Convento das Bernardas) placé au cœur d’un quartier noble et populaire (Madragoa) de la ville, endroit où la troupe A Tarumba a été privilégiée aussi avec des installations pour son travail. Que les auteurs (qui sont, eux-mêmes, les mentors de A Tarumba) aient oublié cette réalité, c'est significatif de la légèreté et la manque de rigueur avec ils ont participé dans l'élaboration de ce travail.
XVII. On annonce la proche préparation d'éditions de l’EMAM dans d'autres langues et supports. Nous attendons qu’on ouvre alors la possibilité d'introduire des corrections et des mises à jour.
XVIII. Nous incitons, donc, le Comité Éditorial, le Rédacteur en chef et les rédacteurs portugais de tenir en compte les repères qu’on présente, le développement de la polémique dans des sites et blogues de la spécialité (notamment le Théâtre de Marionnettes au le Portugal avec l'adresse http://marionetasportugal. blogspot.com/ ) et, surtout, à demander l'avis de la structure représentative des marionnettistes portugaises, UNIMA-P, établie en 1989, et qui constitue le forum approprié, pour la réalité portugaise, au débat de ces thématiques.
Lisbonne, le 30 de Décembre de 2009
Ildeberto Gama,
Marionnettiste co-fondateur de Marionetas de Lisboa,
Accessoiriste-chef au Théâtre National D.ª Maria II,
Designer de scène, diplômé par l'École Supérieure de Théâtre de Lisbonne,
Post - gradué en Théâtre et Communauté.
Pour des informations complémentaires et indépendantes: http://www.fl.ul.pt/CETbase/reports/client/Report.htm?ObjType=Pessoa&ObjId=1021
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(ANGLAIS/ENGLISH/INGLÊS)
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NOTES ON THE CONTRIBUTION OF RRI AND LV FOR EMAM, BY REPRESENTING PORTUGAL
I. Of an encyclopaedia set of themes one awaits the meeting of all human knowledge on the subject which exploit, exposed in a ordered and methodical way, and according to given and objective criteria's, by allowing a clear vision and of universal significance, produced in general by vast teams of specialists, under common leading coordination.
II. It is expected, therefore, until the authors of each “entry” exert their expertise under rigorous methodological rules through the collecting, the analysis and the treatment of the maximum of information possible to gather by aiming at the object concerned, while conferring and checking, under scientific criteria, the sources and by producing the final synthesis expurgated to the maximum of any vestige of subjectivity.
III. Scrupulous respect of such principles along all work depends prestige that this one acquires, especially when it considers the recognition of a statute “of reference” through the presentation of a prospect which off represents the absolute “state of the art” of its sector set of themes. Therefore, one would not expect less from EMAM.
IV. Nevertheless, such methodological rigour is not detectable on the entries relating to Portugal, with load of Rute Ribeiro (RRi) and Luís Vieira (LV).
V. Here, it is not important to discuss the method of selection and the criterion used by the Leading Committee and the Drafting of EMAM for the choice of the writers of that one entered. What one claims is to analyze, criticize and - for the future - to see rectified, this enormous turning with the principles previously mentioned.
VI. Nevertheless, in the entries respecting the Puppet in Portugal (p. 215-216, 433, 556-559, 616-617, 618, 638 and 684) one can detect a treatment very differentiated and diversified with regard to the collection and the data processing on each “object”, perceptible in the brought back bibliography, and consequently some situations represent more the idea - rather distorted opinion - which the authors have by advance in connection with the item concerned one than the result of a looked after analysis, based in scientific criteria or supported in balloted and revised sources.
VII. Thus, in the first “entry”, DOM ROBERTO (Theatre) [215-216]:
i. The Authors did not have the elementary care to decode the idiomatic direction of the expression “teatro of cordel” translated by “théâtre de Cordel/ Cordel’s theatre” while having by result, in the French language, the birth of a new “author” when “teatro of cordel” refers to a kind of booklets, the majority writhed by anonymous, and which, tended of a string, were sold by blind men at fairs.
ii. The Authors affirm that the theatre Dom Roberto is handled by only one person, which is not entirely truth because there are some scenes where it is essential the participation of an assistant manipulator, in particular in “the Rose and the Three Friends” and even in “the Castle of the Phantoms”.
iii. The Authors mention, with whole large justice, António Dias, but the mention that João Paulo Seara Cardoso was his exclusive knowledge’s beneficiary, is reducing - without denying nor the fact or excellence that JPSC has suddenly reached – and it constitutes a deformation of the truth.
v. The aforementioned quotation on António Dias and the transmission of his knowledge, behind reported, it is duplicate in the “entry” PORTUGAL [557-559] when it would be enough a handing-over at the first “entry”, like fact in the “entry” OPORTO (Puppet theatre of) [556-557].
VIII. In the “entry” LISBON (Puppets of) [433] the only sources mentioned by the Authors are two observations of daily newspapers, of the same day, relating incidents which then were threatening the company (threat of demolition of the House of the Puppets). The Authors indicate the starting and first production of the company the respective setting in scene to somebody (Jose Ramalho) who at that time it was integrating another company (the Magic Lantern). In fact, the first production of this group, Dom Quixote and Sancho Pança, was presented in May 1985 at the auditorium of the ACARTE’s service of the Lisbon’s Calouste Gulbenkian Foundation.
Adapted from the text of Da Silva, nicknamed the Jew, by the playwright Norberto Ávila, with puppets and artistic direction of Jose Carlos Barros, music by Paulo Brandão and stage design by master Lima de Freitas, as reported in the program published by the F.C.G., which contained also the text that one played on scene, and thus it would be naturally the primary source; It would not be difficult to the Authors to find innumerable quotations of the press of time, by reflecting the impact as the spectacle produced, by not missing other also suitable bibliographical references. In 1990 Jose Ramalho will replace then J.C. Barros in the artistic direction of the company.
It is incomprehensible and lamentable which RRi and LV - remaining at the same city and often while crossing with persons in charge for this company - had never tried to confirm, near somebody of these persons in charge, all information relating to the Puppets of Lisbon for the production of the “entry”, in so much so reduced and, after all, contaminated of such a rough errors.
IX. Nevertheless, in the “entry” OPORTO (Puppet theatre of) [556-557] one did not detect errors.
X. In the “entry” PORTUGAL [557-559] the Authors make an historical summary while identifying, before 1569, imported bonifrates (archaic portuguese name of puppets) from China like the precursors of the Portuguese puppet! What the authors seem to ignore is that long, long time ago they existed already voyages and cultural exchanges in Europe while implying Portuguese; the founder of nationality, in the century. XII, was itself son of a knight of Burgundy…, Peter of Portugal, known by the nickname of Infant of the Seven parts of the World, he is always referred like synonym of travelled and cultivated man… But, in what to the puppets one says respect, already Tomé Pires, early in 1516, found in Java an event [fazem sombras de Diversas feicoëes/They make shadows with so rich variety] similar something which was done then in Portuguese kingdom [… como beneditos em purtuguall/… like Benedict’s in Portugal] (see: CORTESÃO, Armando, The Suma Oriental of Tomé Pires and the Book of Francisco Rodrigues, Hayaduk Society, London, 1944). Therefore, it seems to us to be unreasonable the assumption of this origin of the Portuguese puppets, while being, nevertheless, correct that, similarly at what arrives at the remainder European territory, it has distant and obscure origins.
XI.
Description on the history of century XVIII until the Revolution of the Eyelets (1974) does not raise great objections, by paying attention to space available for this “entry”. Nevertheless, the reference to Manuel Rosado does not acquire any advantage of referring its “nicknames”, bringing then, in the context of the encyclopaedia, information useless and incomprehensible, insofar as, by the linguistic characteristic, they are not comprehensible without the respective translation: O “Moca”/“the stick” of Almeirim (geographical reference of its residence) or of Pego or “Pegacho” (geographical reference to its birthplace, a small village near Abrantes). In more and what would become much more important, one does not detach his role of theatrical manager, with several employees like, for example, António Dias itself, João António de Santa Barbara or Isidro Esteves, thus returning to us a more correct image of the dimension and the importance of its dismountable theatre, Pavilhão Mexicano.
With regard to with the most recent history and the synthesis of the topicality, it is extremely obvious lacks it balance and the gravity of the prejudices. To detach the work of the Puppets of Saint Lourenço and to omit the Puppet theatre Perna of Pau (Wooden leg), the action of Francisco Esteves during long years within the FAOJ (Fund of Assistance at the Youthful Organizations), or also of Lúcia Serralheiro in the sector of the educational puppet, are reducing dynamics of the rebirth of the Portuguese puppet whose publication, on the one hand, new family of the Headstocks of Santo Aleixo in Évora and, on the other hand, Puppets of Lisbon and Puppets of Oporto, was a representative sign. The reference to Francisco Esteves in “Among the Portuguese troops if producing at the beginning of the years two thousand (...)” is a large error. And with three lines more in the “entry” the Authors could have already brought back recent structures, with very diversified projects, and to give of it an idea worthier of faith of than it is the current Portuguese reality which already gathers units with the weight of the history with good of others in charge of future. After all, here, the occasion to off present The State the Art of the Puppet at Portugal.
XII. On “entry” SANTO ALEIXO (Bonecos of) [616-617] it seems not y to have reference mark; nevertheless, the subtitle of illustration 395 constitutes strong contradiction with the body of verbete, by announcing erronéement “the headstocks like an inheritance […] dating the XVI and century… ”. Alexandre Passos (author of a splendid History of these popular puppets, mentioned [1251] in the bibliography) it is wrongfully introduced as if it were the engine of the renewal of this tradition.
XIII. On “entry” SÃO LOURENÇO (Puppets of) [618] the authors omit the denomination of the company, in all its extension and very meaning in the historical context, in 1974: Marionetas de São Lourenço e o Diabo (literally, The Puppets of Saint Lawrence and Devil). Also in the description of the developed technique, it is omitted the inspiration in certain techniques of the therapeutic puppet, then practised abroad. The artistic result reached and the produced social repercussion are never decreased by the recognition so however that to declare the invention of that technical by the mentors of the troop it is a large error. In the reference to the original manipulators of the troop one could be brought back other major names of the Portuguese theatre, like the actor João Perry (that, moreover, it made a splendid evocation of its experiment, by handling a puppet according to the same technique, in a sketch evocating “Almada Negreiros” in Passa por mim No Rossio, an enormous success of public and the critic into 1991/2, with National Theatre D. Maria II) and Eugénia Vasques, later theatrical criticizer and teaching at the National Higher School of Theatre and Cinema.
XIV. The “entry” SILVA (ANTÓNIO Jose Da] [638] corresponds reasonably what one could hope for. The execution of the Jew, nevertheless and according to recent conclusions, occurred in the paddle of October 19. The Authors also omitted, in the bibliography of the Jew, the part writes in Castilian El Prodigio de Amarante, as admitted by FRÉCHES [bibliography: 728.] and certified by Alberto Dine (DINE, Alberto and ELEUTÉRIO, Victor, O Judeu EM Cena, O Prodigio de Amarante, EDUSP, São Paulo, Brésil, 2005).
XV. The last “entry”, does not present inaccuracies: the authors make his testimony on them same.
XVI. An “entry” whose absence one it is understandable it’s that of LISBON (Museum of the Puppet of): it is about a municipal institution (http://www.museudamarioneta.egeac.pt/DesktopDefault.aspx?tabindex=1&tabid=39) which recovered the inheritance of the original Puppetry’s Museum established in 1987, and which it became one of the nuclear reasons which led the Town hall to the assumption of responsibility of deep, long and expensive rehabilitation of an old convent (Convento das Bernardas) placed in the middle of a noble and popular district (Madragoa) of the city, place where troop A Tarumba was also privileged with installations for its work. That the authors (who are themselves the mentors of A Tarumba) forgot this reality it is significant lightness and misses it rigour with they took part in the development of this work.
XVII. One announces to it near preparation to editions of the EMAM in other languages and supports. We wait until one then opens the possibility of introducing corrections and updates.
XVIII. We incite, therefore, the Leading Committee, the International Writer in chief and the Portuguese writers to hold in account the reference marks which one presents, with the development of the polemic in sites and blogs of the speciality (in particular the Puppet theatre in Portugal with the http://marionetasportugal address. blogspot.com/) and, especially, to ask the opinion of the structure representative of the Portuguese puppeteers, UNIMA-P, established in 1989, and which constitutes the forum appropriate to the debate of these sets of themes.
Lisbon, 30 of December of 2009
Ildeberto Gama,
Marionnettiste cofounder of Marionetas de Lisboa,
Accessories and prop’s maker-chief at the National Theatre D. Maria II,
Stage Designer, graduate by the Higher School of Theatre of Lisbon,
Post - graduated in Theatre and the Community.
For additional and independent information:
http://www.fl.ul.pt/CETbase/reports/client/Report.htm?ObjType=Pessoa&ObjId=1021
enviado por Ildeberto Gama
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