quinta-feira, setembro 20, 2012

COMPANHIA DE TEATRO DISTINGUIDA EM ESPANHA “PROMETEU” RECEBE PRÉMIO EM CIUDAD RODRIGO

COMPANHIA DE TEATRO DISTINGUIDA EM ESPANHA
“PROMETEU” RECEBE PRÉMIO EM CIUDAD RODRIGO


Portugal foi distinguido com o prémio de melhor espetáculo infantil da XV Feira de Teatro de Castilla y León, galardão atribuído ao espetáculo Prometeu da companhia Lafontana – Formas Animadas, de Vila do Conde.

O certame, que anualmente transforma a localidade fronteiriça de Ciudad Rodrigo na "Cidade do Teatro", é organizado pela Junta de Castilla y León. Trata-se de um projeto cultural sólido e uma referência importante para o sector de artes cénicas na Europa. Desde a sua criação, tem vindo a reforçar as relações culturais entre Portugal e Espanha, ao abrir novas vias de difusão artística, incrementando a distribuição das propostas teatrais junto de programadores de toda a Europa.

A peça Prometeu, produzida em parceria com a Casa da Música do Porto e o Festival Internacional de Curtas Metragens, foi também objeto de investigação da Universidade de Évora, no âmbito do Mestrado na Arte do Ator Marionetista. Estreada no Porto, em março de 2010, passou por duas vezes pelo Teatro Municipal de Vila do Conde e foi também apresentada em Évora, Redondela e Barcelona.

Finalmente, nesta edição Feria de Teatro de Castilla y León, de entre dezenas de espetáculos apresentados, recebe o reconhecimento de público e crítica, que conferiu à companhia vilacondense esta distinção internacional, que será entregue aquando da próxima realização do festival, em Agosto de 2013.

Ficha técnica e artística

Encenação e Interpretação: Marcelo Lafontana
Dramaturgia: José Coutinhas
Musical: José Alberto Gomes (apoio de Paulo Rodrigues e músicos da Casa da Música)
Assistente de encenação e operação: Sílvia Fagundes
Desenho de personagens: Luís da Silva
Desenvolvimento do sistema multimédia: Luís Grifu
Direção técnica: Pedro Cardoso
Fotografia de cena: J. Pedro Martins
Captação de vídeo: Paulo Agra

Coprodução: Lafontana – Formas Animadas
Casa da Música do Porto
Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde

Patrocínio: Câmara Municipal de Vila do Conde

segunda-feira, setembro 10, 2012

Festival Internacional de Marionetas do Porto 2012


Bem-vindos ao Festival Internacional de Marionetas do Porto!
A edição de 2012 pode ser definida como um gesto de descoberta e de redescoberta.
Na festa da marioneta contemporânea, que este ano encerra um ciclo de quatro anos particularmente complexo, temos entre nós velhos e novos amigos. O FIMP 2012 é a oportunidade de reencontrá-los naquilo que eles melhor sabem fazer, de os conhecer através do melhor que cada um deles tem para nos oferecer: a sua arte. A nossa arte.
Nesta edição do festival, a pesquisa das relações entre o corpo, marioneta e máquina, entendida quer enquanto engenho e corpo mecânico, quer enquanto dispositivo global de controlo, anima uma parte importante do programa proposto. Por outro lado, a marioneta apropria-se das imagens da cultura (e das subculturas) de massas, transformando-as não apenas noutras formas de entretenimento, mas permitindo-nos talvez olhar esse mundo das imagens com outros olhos. Neste outro olhar, propomos, como seria de esperar num festival que se define como internacional, o trabalho de artistas oriundos de outras paragens – França, Itália, Alemanha e Grécia são os países representados nesta edição. A criação portuguesa, no entanto, ocupa um lugar especial na programação deste ano. As companhias mostram-nos as suas novas criações, em alguns casos em estreia absoluta e os artistas portugueses estão também envolvidos nas criações próprias do festival.
A marioneta pode também ser entendida como uma prática de partilha e transmissão – as formas tradicionais populares, também presentes nesta edição, são porventura o melhor exemplo na história desta arte. No FIMP procuramos reinventar essa prática para chegar a outros públicos e implementar o festival em contextos urbanos diversos, os projectos desenvolvidos em parceria com as Manobras no Porto – Porto Lazer representam um papel importante nessa tarefa que decidimos assumir.
O festival é possível também graças ao apoio e à cumplicidade dos nossos parceiros. Para todos, dos mais antigos e estáveis aos mais recentes, o nosso sincero agradecimento.
Cortes ainda maiores no orçamento, particularmente na participação da Direcção-Geral das Artes, afectam a realização desta edição. É incontornável referi-lo, uma redução de 38% terá necessariamente algum impacto na forma como o público percepciona o festival. No quadro deste cada vez mais permanente estado de excepção que se impõe nas nossas vidas, importa respirar fundo. Por isso procurámos centrar o saber fazer da equipa e os recursos disponíveis no essencial deste serviço público – promover o encontro entre o público e o trabalho dos artistas.
Apesar de tudo isto, ou exactamente por tudo isto, estamos convictos de que existem e resistem bons motivos para vir ao festival.
Viva o FIMP!
Igor Gandra
Director Artístico

http://www.fim.com.pt/