quarta-feira, julho 28, 2010

S.A.Marionetas - estreia mundial "PORTUCALE" de Natacha Costa Pereira, José Gil e Sofia Vinagre


Portucale
s.a.marionetas-teatro & bonecos

A Companhia S.A.Marionetas – Teatro & Bonecos, apresenta em estreia mundial, a sua mais recente produção “PORTUCALE” de Natacha Costa Pereira, José Gil e Sofia Vinagre, dia 30 de Julho pelas 19.00 horas em Santa Maria da Feira, dentro do recinto da Viagem Medieval.

A nova produção intitulada “Portucale” recria o período desde o casamento de D. Henrique com D. Teresa até à batalha de Ourique onde D. Afonso Henriques é aclamado de “Rei” pelos seus soldados entusiasmados pela vitória.

Utilizam-se marionetas de mesa e varão que trabalham numa estrutura móvel. As actuações realizam-se em cima da estrutura, mas quando transportada pelos três elementos da trupe, esta, tem uma cobertura de pano e é decorada por duas gárgulas recriando um animal de duas cabeças. Utiliza-se assim um símbolo bastante popular usado na época, ficando todo o palco disfarçado de carroça/animal.

Através da pesquisa em iluminuras e textos da época reproduzimos duas das possíveis técnicas de manipulação que eram utilizadas. A técnica de “marionetas de varão” e “marionetas de mesa”. Desta forma criámos as marionetas utilizando madeira e ferro, recriando também as roupas e a forma da trabalhar a madeira da época para que o resultado final seja o mais aproximado. Os marionetistas também receberam a mesma atenção pois estão há vista do público. A iluminação do espaço cénico também foi pensada da mesma maneira utilizando velas de pavio grosso. A narrativa foi criada com rigor no que respeita aos acontecimentos, mas claro com alguns ”toques” de humor com é usual nas produções da companhia, utilizado para isso algumas vezes a interacção entre os próprios marionetistas que estão há vista do público, bem como a relação entre as marionetas – público e marionetista.

Ficha Artística
Texto Original: José Gil, Sofia Vinagre, Natacha Costa Pereira
Construção das Marionetas: Natacha Costa Pereira, José Gil
Marionetistas: Sofia Vinagre, Natacha Costa Pereira, José Gil
Cenografia: Natacha Costa Pereira e José Gil
Figurinos das Marionetas: Sofia Vinagre
Figurinos dos Marionetistas: Sofia Vinagre
Pesquisa: José Gil, Sofia Vinagre, Natacha Costa Pereira
Pintura das Marionetas: José Gil
Estruturas: José Gil
Fotografia: Sofia Vinagre
Produção: S.A.Marionetas - Teatro & Bonecos

( Este espectáculo irá estar em cena de 29 de Julho a 8 de Agosto de 2010, na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira, dentro do recinto do evento, 5 sessões por dia, entre as 17.00 h. e as 24.00h.)

Mais informações em www.samarionetas.com

sexta-feira, julho 23, 2010

Museu da Marioneta de Lisboa "aumenta" o seu espólio


Indo de encontro com um dos mais importantes propósitos deste Museu, recolher e salvaguardar os espólios das mais representativas companhias de marionetas portuguesas, sobretudo daquelas que já não se encontram em actividade, refira-se ainda a aquisição da colecção de Isabel Andrea e a colecção de marionetas alemãs, adquiridas em França durante a ocupação alemã, por um médico militar, pai de Christian Armegaud, a quem o Museu adquiriu as peças, em Toulouse.

Exposição | “MARIONETAS… de fora para dentro” - Museu da Marioneta Lisboa


Exposição | “MARIONETAS… de fora para dentro”
A partir de 23 de Julho de 2010
Sala do Claustro | Museu da Marioneta | Terça a Domingo – 10h às13h e das 14h às 18h | Entrada livre

O Museu da Marioneta, ao longo dos seus 9 anos de existência no Convento das Bernardas, tem recebido diversas manifestações de apoio e colaboração que se consubstanciam, entre outras formas, na doação ou cedência de espólio diversificado, de marionetistas e particulares nacionais e estrangeiros, o que representa para nós um motivo de grande satisfação na medida em que espelha a confiança que depositam em nós e no nosso trabalho.
Esta exposição pretende assim partilhar com o público essas novas marionetas que aos poucos, entraram no Museu dando consistência ao seu acervo e permitindo mostrar a diversidade e vitalidade da vida das marionetas.

No que diz respeito às doações que recebemos, refira-se o conjunto de cabeças de Carlos Chagas Ramos criadas para uma peça infantil; do muito saudoso Mestre Filipe (Luis Filipe Baptista); de Delphim Miranda, um apaixonado das marionetas, que há mais de 30 anos as constrói para si e para os outros; do realizador Nuno Bernardo, a personagem da sua 1ª curta-metragem de animação rodada no Museu da Marioneta; ou directamente do Brasil, por

cortesia da SEBRAE “Serviço de apoio às micro e pequenas empresas de Mato Grosso”, as marionetas criadas por Calos Gattass Pessoa, o “Carlão dos Bonecos”.

Exposição | “Os Fios d’A Tarumba” 23 de Julho a 10 de Outubro de 2010


Exposição | “Os Fios d’A Tarumba”
23 de Julho a 10 de Outubro de 2010
Capela | Museu da Marioneta | Terça a Domingo – 10h às13h e das 14h às 18h | Entrada livre
Cai o pano. Ali ficam... as personagens que desfilaram... Agora permanecem quietas e silenciosas. Apenas os seus rostos parecem conservar animação e um sopro de vida. Nos seus olhos parece brilhar uma luzinha de inteligência.
Em que pensarão as marionetas quando ficam sós? Que segredos contarão?
Sebastián Gasch

O Museu da Marioneta apresenta a exposição “Os Fios d’ A Tarumba” abordando os primeiros anos desta companhia, criada em 1993, com uma atenção especial aos espectáculos onde a técnica principal de manipulação utilizada foi a marioneta de fios. Posteriormente, a companhia realizou vários espectáculos, recorrendo a marionetas de mesa ou de sombras, entre outros tipos.

Dezassete anos não se contam apenas pelos fios… mas as marionetas presentes nesta exposição representam os primeiros anos da companhia com momentos únicos vividos por personagens criadas para textos de Christopher Marlowe, William Shakespeare, Federico Garcia Lorca ou Bertolt Brecht: Dr. Faustus, Don Perlimplín, Próspero, Jimmy Mahoney, Belisa, Jenny Smith, Mefistófeles, Begbick, Miranda... Trajectórias de mais de uma década feita de teatro, pessoas, marionetas, viagens, turbulências, sonhos e mistérios… que segredos nos vão revelar estes seres cheios de vida que comoveram e enterneceram plateias nacionais e internacionais?

Tarumba significa atarantar, estontear, atordoar, maravilhar... palavras que exprimem o sentimento geral da companhia em relação à arte das marionetas.

A Tarumba desenvolve ainda vários projectos de formação, para além da produção e programação anual do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas - FIMFA Lx, que celebrou recentemente dez anos. A sua actividade desenvolve-se no CAMa - Centro de Artes da Marionetas, espaço de residência e de desenvolvimento de projectos, onde se encontra também o seu espólio material e bibliográfico.

domingo, julho 18, 2010

Rui Sousa - estreia "D.Roberto" a 27 de Agosto no Porto



Rui Sousa irá estrear "O Barbeiro", peça do tradicional Teatro D. Roberto, a 27 e 28 de Agosto de 2010, nos Jardins do Palácio de Cristal, no âmbito do festival Noites Ritual.
Entretanto lançaremos os horários das apresentações.

Seguindo a tradição de uma quase extinta arte de representação em Portugal, Rui Sousa, sob a influência e mestria de José Gil, reproduz o Teatro D. Roberto.
As fantochadas presentes nestas representações são um legado vivo, que passam de bonecreiro para bonecreiro, a fim de prevalecer uma das mais antigas artes cénicas portuguesas.

“O Barbeiro” é uma das histórias desta vertente do teatro de marionetas tradicional português. D. Roberto, o herói popular, vai ao barbeiro no dia do seu casamento para que este lhe faça a barba. Em reacção ao montante a pagar, visto ser caro, D. Roberto protesta e recusa-se a pagar, resultando desta uma “pancadaria” sem fim onde todos os personagens são vencidos pelo herói. O barbeiro, o polícia, o padre, a morte e até mesmo o diabo contracenam com o nosso herói em cenas de humor e de justiça popular.

Argumento: popular português
Técnica: teatro de fantoches (bonecos de luva)
Estrutura cénica: Lino Sousa, Manuela Pedroso da Silva, Rui Sousa
Escultura e pintura das marionetas: Rui Sousa
Figurinos das marionetas: Telma Pedroso

sexta-feira, julho 16, 2010

COMUNICADO DA PLATAFORMA DAS ARTES


COMUNICADO DA PLATAFORMA DAS ARTES
Na sequência das conclusões da Reunião Geral das Artes de 5 de Julho de 2010, que teve lugar no Teatro Maria Matos, onde estiveram presentes mais de 600 profissionais de todos os sectores, e na sequência das reuniões posteriores que a Plataforma das Artes teve, consubstanciaram-se um conjunto de reivindicações da Plataforma das Artes num documento que foi apresentado à Senhora Ministra da Cultura em audiência que teve lugar no Palácio da Ajuda, ontem, dia 12 de Julho. Esse documento continha as reivindicações gerais e comuns a todos os sectores das Artes e do Cinema, que a seguir se expressam:

1. Exigimos que o Estado Português assuma de forma clara o Direito à Cultura e ao investimento na Cultura e nas Artes.
2. Exigimos que se acabe de uma vez por todas com o discurso dos subsídio-dependentes e que se promova - no discurso e na prática - o respeito pelos criadores, artistas e demais profissionais que trabalham nas artes e na cultura em Portugal e pelas pessoas a quem se destina todo esse trabalho, o público em geral.
3. Assim, exigimos a revogação imediata do artigo 49º do Decreto-Lei nº 72-A/2010, ou a anulação dos seus efeitos práticos, a descativação total das verbas do PIDDAC para as actividades apoiadas pela DGArtes e a descativação total das receitas próprias do ICA.

Da audiência que tivemos com a Senhora Ministra, foi-nos comunicado que para o ano de 2010, as disposições do nº 1 do artigo 49º do Decreto de execução orçamental não vão produzir qualquer efeito. De facto, a Senhora Ministra informou-nos clara e inequivocamente que as reduções de 10% nos pagamentos efectuados e a efectuar durante o ano de 2010 não serão executadas. Informou-nos também que a cativação de 20% das verbas do PIDDAC a que o Ministério da Cultura estava sujeito, designadamente as que estavam afectas às actividades de apoio financeiro às Artes, passam para 12,5%. Informou-nos ainda que a cativação de 20% das receitas próprias do ICA passava para 10%, garantindo-nos que tal permite manter intacto o Plano de Apoios Financeiros em vigor, isto é, nenhum concurso previsto para 2010 será afectado.
Com estas medidas, a Plataforma das Artes congratula-se.
Relativamente às outras reivindicações gerais, relacionadas com a nossa exigência de uma mudança de discurso sobre o nosso papel enquanto criadores e agentes de Cultura, congratulamo-nos por se terem lançado as bases para de uma vez por todas se desmistificar a ideia dos subsídio-dependentes. A Senhora Ministra foi bem clara no reconhecimento da importância da nossa actividade, bem como na intenção de isso considerar tanto no discurso como na prática. Ficaram, pois, criadas as condições para se estabelecer um diálogo continuado e construtivo sobre as matérias que dizem respeito à definição e execução da Política Cultural para o país.
Foi ainda frisado de uma forma muito clara, pela Plataforma das Artes, que a atribuição de apoios por parte dos dois institutos deveria sempre reger-se pelo princípio dos concursos públicos, salvaguardando desta forma a qualidade e a renovação do tecido criativo bem como a transparência dos procedimentos.
Das exigências específicas do nosso “caderno reivindicativo”, destacaram-se para as artes apoiadas pela DGARTES e para o Cinema, respectivamente os seguintes pontos:
Reivindicações específicas das Artes apoiadas pela DGArtes
4. Regularização imediata do funcionamento da Direcção-Geral das Artes.
5. Contratualização imediata e fixação de novos prazos de concretização dos pontuais do 1º semestre de 2010.
6. Divulgação imediata dos resultados prévios dos concursos anuais de 2010 com fixação de novos prazos de concretização.
7. Abertura imediata dos concursos pontuais do segundo semestre de 2010.
8. Abertura dos concursos anuais e bienais para 2011 e 2011/12.
9. Revisão dos prazos legalmente previstos para abertura dos procedimentos concursais.

Das reivindicações específicas apresentadas para o sector das Artes, a Senhora Ministra da Cultura informou-nos o seguinte:
- A nomeação consumada de um novo Director-Geral das Artes e a sua entrada em funções ainda durante esta semana;
- Como prioridade máxima para o novo Director-Geral, a contratualização, o mais breve possível, dos Apoios Pontuais do primeiro semestre de 2010, bem como a revisão dos seus prazos de execução;
- Também como prioridade máxima para o novo Director-Geral, a divulgação dos resultados do Concurso dos Apoios Anuais de 2010, que serão os definitivos já que, evocando o “interesse público” se prescindirá da audiência de interessados, com respectiva fixação de novos prazos de concretização;
- A não realização dos concursos pontuais do 2º semestre de 2010, uma vez que o concurso do primeiro semestre foi aberto com a dotação total do ano (800.000 euros), pelo que tal inviabiliza a pretensão da Plataforma das Artes;
- A abertura, já em Setembro, dos concursos anuais para 2011 e dos bienais 2011/12.
- Revisão da regulamentação no sentido de fixar prazos de abertura mais adequados para todos os procedimentos concursais

A Plataforma considerou globalmente satisfeitas as suas reivindicações nesta matéria específica, congratulando-se com estas medidas.

Das reivindicações específicas para o Cinema, sublinhamos à Senhora Ministra no nosso documento as seguintes:
“(...)Reivindicações específicas do Cinema
10. Promover de imediato à assinatura dos contratos de produção relativos a todas as decisões de atribuição de apoio financeiro referentes a 2009, bem como a homologação dos concursos ainda pendentes.
11. Iniciar de imediato a discussão pública do projecto de nova legislação para o Cinema, por forma a garantir que o processo de aprovação, regulamentação e entrada em vigor se dê até ao final de Outubro de 2010, com efeitos práticos a partir de 1 de Janeiro de 2011.”

Foi-nos comunicado pela Senhora Ministra que com a resolução dos impasses relacionados com o artigo 49º e com as cativações de receitas próprias do Instituto, estão agora reunidas as condições para com a maior brevidade possível se dar andamento a todas as situações pendentes.
Foi-nos comunicado também pela Senhora Ministra que a nova legislação para o cinema já está compilada num primeiro Draft , que após uma fase de análise estará em condições de seguir para Conselho de Ministros no início de Setembro. A Senhora Ministra disse-nos também que era sua intenção colocar o documento à discussão pública o mais brevemente possível.

Assim, a Plataforma das Artes gostaria de afirmar o seguinte:

1. Estão globalmente satisfeitas as nossas reivindicações e preocupações;
2. Existe vontade de ambas as partes, Ministério e Plataforma das Artes, em dialogar construtivamente sobre todas as matérias pendentes e as relacionadas com a Política Cultural;
3. Cremos agora que o movimento unificado que criamos como reacção às medidas de austeridade que agora vemos significativamente atenuadas, foi um exemplo único de civilidade e de eficácia no seu trabalho e, agora, dada a sua enorme representatividade, está em condições de manter entre os diferentes sectores uma regularidade de contactos e encontros com vista a: a) acompanhar a aplicação destas novas medidas anunciadas pela Senhora Ministra; b) estabelecer-se como interlocutor privilegiado do Ministério da Cultura em matérias que digam respeito à definição e execução de Política Cultural de incentivo à criação e ao Cinema.
4. Apesar de todo o ambiente crispado que caracterizou os últimos dias, notamos que, ainda assim, foi possível fazer sobressair um elevado nível de civilidade na forma e no conteúdo que pautou o processo de negociação, bem como no papel desempenhado pela Senhora Ministra nestas matérias específicas.
5. Por último, cumpre-nos agradecer a todos os que estiveram presentes nas Reuniões de 28 de Junho e 5 de Julho, respectivamente no São Jorge e Teatro Maria Matos, bem como a todos os que se associaram a nós neste “combate” pela defesa deste sector, que, apesar de viver em precariedade crónica, demonstrou uma imensa vitalidade.


A PLATAFORMA DAS ARTES

entrevista a Hoichi Okamoto



um interessante testemunho de alguém americano que o entrevistou em Nagano

http://people.umass.edu/mromero/sabbatical/japan_04.html

enviado por Ildeberto Gama

quinta-feira, julho 15, 2010

International Summer Courses 2010 - Institut International de la Marionnette de Charleville Mézières

International Summer Courses 2010
Institut International de la Marionnette de Charleville Mézières

On the theatrical vocation of shadow theatre
Course directed by Fabrizio Montecchi (Teatro Gioco Vita, Italy)
From July 13 to 30
&
The actor and the object
Course directed by Agnès Limbos (Company Gare Centrale, Belgium)
From August 23 to September 8

Programme and registration form on request at for.institut@marionnette.com and available on http://www.marionnette.com

Institut International de la Marionnette
7 Place Winston Churchill
08000 Charleville Mézières - France
Tel: + 33 (0)324 33 72 50

Hoichi Okamoto - faleceu aos 62 anos



a 6 de Julho de 2010 faleceu um dos mais respeitados marionetistas do Japão. As suas actuações ficaram famosas pela sua beleza de movimentos, e a ausência da palavra, num palco partilhado, somente por ele e as suas marionetas.

http://www.youtube.com/watch?v=LkY8VDQmEjU

terça-feira, julho 13, 2010

Carlos Paredes: O Fantoche

a companhia "A Tarumba" tem o site com nova imagem e mais informação!!


a companhia "A Tarumba" tem o site com nova imagem e mais informação!!

http://www.tarumba.org/

visite o site de Alexandre Pring !!!!!!



http://alexandrepring.blogspot.com/

Question of Love - The Gift (video produzido por The Gift e S.A.Marionetas)

este video dos the Gift venceu o Prémio de "Melhor produção de video clips nacionais" em 2001 e as marionetas foram produzidas e manipuladas pela companhia S.A.Marionetas de Alcobaça

segunda-feira, julho 12, 2010

Ultima Hora!!!Ministra da Cultura recua na intenção de cortar 10% para o sector das artes!!!!!!


Ministra da Cultura recua na intenção de cortar 10% para o sector das artes
A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, está ainda reunida com artistas de todos os sectores, integrados na Plataforma das Artes para procurar uma solução que não passe pelo anunciado corte das verbas. Canavilhas anunciou para já que o Governo irá recuar na intenção de cortar em 10% as verbas para o sector.
in sic on line

Novo director-geral das Artes quer avançar de imediato com apoios anuais


João Aidos foi nomeado esta segunda-feira o responsável máximo da Direção-Geral das Artes (DGA) substituindo no cargo Jorge Barreto Xavier, que se demitiu na sexta feira por divergências com a tutela.

Em declarações à agência Lusa, João Aidos disse que foi convidado para o cargo no sábado pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, mas não sabe quando tomará posse.

"É um desafio que qualquer pessoa deve ponderar aceitar, pensando que possa contribuir de alguma forma para ajudar e dar uma mais valia para o setor", disse.

Como primeira ação na DGA, João Aidos que resolver "uma das preocupações" de Gabriela Canavilhas: "Avançar com processos com urgência para resolver uma série de situações, nomeadamente os apoios anuais às artes, porque os `timings já passaram imenso da sua previsão".

"O calendário deste Ministério é concluir de imediato esses processos para lesar o mínimo possível a atividade artística", defendeu.

Quantos aos cortes orçamentais que irão afetar o setor da cultura, João Aidos admitiu que as artes do espetáculo são uma área "bastante delicada", mas "as coisas têm que ser bem vistas e bem ponderadas".

"Penso que é essa a vontade da senhora ministra: olhar para o setor o mais possível, perceber caso a caso, como é possível enquadrar da melhor maneira estes cortes orçamentais", reforçou, acrescentando que uma das mais valias da sua escolha é a sensibilidade em conhecer e ouvir os artistas.

De acordo com o Ministério da Cultura, João Aidos tem uma "vasta experiência e reputação no meio cultural português, ligado a inúmeros projetos no âmbito da Rede Nacional de Teatros e Cine-Teatros, gestor, programador, produtor e engenheiro projetista com profunda ligação à rede e tecidos culturais em todo o território nacional".

Licenciado em teatro, João Aidos desempenhava até hoje funções de diretor artístico do Teatro Virgínia, em Torres Novas.

in LUSA

Ministério manifesta "grande satisfação" com a demissão do director geral das Artes

Ministério manifesta "grande satisfação" com a demissão do director geral das Artes
2010-07-10
O Ministério da Cultura manifestou hoje, sábado, "grande satisfação" pelo facto do director geral das Artes ter apresentado a demissão, sublinhando a "ineficácia" e as "dificuldades" de Jorge Barreto Xavier no desempenho do cargo.

O responsável anunciou hoje, sábado, à Lusa que pediu a demissão na sexta feira, alegando a sua "divergência sobre o modo de desenvolvimento das políticas de apoio às artes" com a ministra da Cultura.

"O Ministério da Cultura manifesta a sua grande satisfação por esta decisão, que vem permitir finalmente que a Direcção Geral das Artes se liberte de constrangimentos vários que têm vindo a dificultar a sua ação", afirma o gabinete da ministra Gabriela Canavilhas, num comunicado divulgado hoje à tarde, anunciando que aceitou a demissão.

A tutela considera ainda que "os atrasos nos concursos, a barreira construída entre o Gabinete da Ministra e os agentes culturais e a ineficácia dos procedimentos são factores que se devem às dificuldades demonstradas pelo director geral para o exercício do cargo".

"A sua intervenção tem sido meramente de aplicação de medidas do Governo, muitas das quais com recurso a contratação externa, por ineficácia da sua liderança", acusa o Ministério da Cultura.

A tutela afirma que o director geral das Artes demissionário procurava "outra colocação desde Fevereiro" e que apenas não o substituiu para "manter um mínimo de estabilidade" no sector.

"Face à sua demissão, [o Ministério da Cultura] encontra-se agora, finalmente, em condições de alavancar o sector com outra ambição e responsabilidade", lê-se no comunicado.

O gabinete de Gabriela Canavilhas anuncia que já tem um substituto, a anunciar "em breve", garantindo aos agentes culturais com projectos de financiamento em curso que "não haverá quaisquer consequências, atrasos ou prejuízos de procedimentos" decorrentes da substituição.

A demissão de Jorge Barreto Xavier surge numa altura de grande contestação por parte dos artistas e criadores nacionais de várias áreas, sobretudo do cinema, do teatro, da dança e das artes visuais, devido às restrições orçamentais.

Na sequência dos protestos, esta semana, o Governo anunciou que os cortes nos orçamentos para institutos e direcções gerais do ministério vão baixar de 20 para 12,5 por cento.

Em reacção à demissão, a Associação dos Profissionais de Artes Cénicas considerou-a "preocupante" e a Associação Portuguesa de Realizadores "um ato de solidariedade para com os artistas".

in Jornal de Noticias 12 Julho 2010

Teatro Fórum de Moura – Tomada de Posição-PEC, “Plano Mateus Para a Cultura”, Gabriela Canavilhas e a luta necessária


O Teatro Fórum de Moura foi provavelmente a única estrutura das artes e da cultura a reagir de imediato à primeira (Jornal Público, 24/3/2010) de uma série de entrevistas da Ministra da Cultura Gabriela Canavilhas.
Na altura (24 de Março de 2010) o Teatro Fórum de Moura lançou um comunicado intitulado “Cai a Máscara à Ministra Gabriela” que denunciava o seguinte:
1- que a ministra revelava a verdadeira face da política deste governo para a cultura, num ataque que os trabalhadores das artes e da cultura não ouviam de forma tão agressiva e explícita deste os tempos de Santana Lopes, Secretário da Cultura;
2- que o discurso aparentemente contraditório de Canavilhas tinha como objectivo baralhar uma necessária frente de luta geral dos trabalhadores das artes e da cultura;
3- que conceitos como serviço público, função social das artes e da cultura, direitos dos trabalhadores do sector, arte e cultura como ferramentas de emancipação e transformação social, liberdade de criação, acesso dos trabalhadores das artes e da cultura e de toda a população aos meios de produção e fruição cultural, mereceram da ministra apenas a atenção de um brutal silêncio (que se mantém);
4- que Gabriela Canavilhas ataca o previsto no artigo 78 da Constituição Portuguesa onde se clarifica que é obrigação do Estado “incentivar e assegurar o acesso de todos os cidadãos aos meios e instrumentos de acção cultural, bem como corrigir as assimetrias existentes no país em tal domínio.”;
5- que a ofensa de Gabriela Canavilhas tem destinatários óbvios, isto é, todos os trabalhadores das artes e da cultura que, desde o 25 de Abril, têm criado estruturas, adquirido meios de produção próprios, desenvolvendo um trabalho de serviço público descentralizado, na sua grande maioria substituindo-se ao Estado na responsabilidade de assegurar uma política cultural em todo o território nacional;
6- finalmente, que este ataque é também direccionado a todos os jovens trabalhadores das artes e da cultura que pretendam criar novos colectivos de criação e produção, pois, segundo a Ministra, os apoios do Estado “não podem ser um espaço permanentemente aberto”.

No mesmo comunicado afirmámos também que:
“Como solução para o falso problema, a Ministra propõe reduzir o número de apoios do Estado, incentivar o mercado, apoiar as pequenas e médias empresas do sector cultural (e aqui cabe tudo, até empresas produtoras de toques para telemóvel), apostar na qualidade dos produtos nacionais com a justificação de que temos de aproveitar o mercado internacional.
Esta política de empurrar as artes e a cultura para a mercantilização, para a produção de meras mercadorias «competitivas» que combatem entre si por um espaço no selvagem mercado de produção capitalista, representa para todos os trabalhadores das artes e da cultura e para as populações um retrocesso histórico.
Como complemento a esta política mercantilista e anti-social a Ministra afirma que ao Estado cabe apenas estar «onde os bens meritórios não funcionem com a lógica do mercado».
Ou seja, Estado que se preze tem de garantir uns quantos produtos culturais de «mérito» para decorar a lapela do blazer de alguns.
Não é esta a necessária política para as artes e cultura.
Pelo contrário, a necessária política para as artes e cultura tem de passar obrigatoriamente pelo reforço dos insuficientes apoios actuais.”

Lembramos que a entrevista da Ministra que suscitou o nosso comunicado foi dada ao Público tendo como pretexto a apresentação do estudo da empresa Augusto Mateus & Associados sobre “O Sector Cultural e Criativo em Portugal” liderado por Augusto Mateus, famigerado Ministro da Economia do PS.
O Teatro Fórum de Moura considera este estudo um engodo disfarçado de científico, que utiliza argumentos especulativos para justificar políticas de neoliberalização das artes e da cultura.
Todos os trabalhadores das artes e da cultura devem ver e analisar este estudo, o “Plano Mateus Para a Cultura”, não como uma valorização do nosso sector, mas antes como uma “banha da cobra” para justificar a desresponsabilização do Estado.
Os dados estatísticos fidedignos que o estudo apresenta são, inclusive, contrários às conclusões que deles se retira.
Em Março, o indigno PEC posto à prática pelo PS em conluio com o PSD ainda não havia sido apresentado. Estávamos longe de saber dos recentes e brutais cortes no orçamento da cultura que o Governo prepara.
Estas medidas são de facto muito graves.
Mas lembramos:
Estas medidas inserem-se num plano mais vasto de redução da autonomia relativa dos trabalhadores das artes e da cultura, de asfixia ideológica e artística de todos os colectivos de produção artística e cultural pelo seu abandono ao “deserto do mercado”.
Além dos recentes cortes a reboque do PEC, consideramos que toda a panaceia argumentativa à volta das indústrias culturais e criativas, que o constante incumprimento dos prazos dos Concursos de Apoios às Artes da Dgartes (veja-se, por exemplo, o aviltante atraso do concurso aos apoios anuais ainda a decorrer), que a discriminação de regiões como o Alentejo e Algarve no acesso aos apoios do Estado, assim como as constantes ameaças (pré e pós PEC) de cortes nos apoios às artes e à cultura por parte da Ministra Gabriela, são as principais formas com que actualmente este ataque a todos os trabalhadores das artes e da cultura, assim como às populações que deste trabalho usufruem, se concretiza.
O Teatro Fórum de Moura congratula-se por verificar que cada vez mais trabalhadores das artes e da cultura estão dispostos a lutar contra esta política e apoia activamente uma luta abrangente por uma política alternativa, que corresponda às necessidades dos trabalhadores do sector, das populações e do país.

Teatro Fórum de Moura_ 10|07|2010

FADAS E FIOS - TEATRO DE MARIONETAS


FADAS E FIOS É UM GRUPO AMADOR DE TEATRO DE MARIONETAS e as suas histórias são contadas ao som de música! OS ESPECTÁCULOS RECRIAM UM MUNDO FANTÁSTICO e nesse universo de brincadeira, os bonecos são as personagens principais – Marionetas Artesanais que se movimentam ao ritmo da história e da música – que vivem aventuras onde não pode faltar a magia, o encanto e a alegria, mas também o medo, o risco e a tristeza, como em todos os contos de fadas!

http://fadasefios.blogspot.com/

domingo, julho 11, 2010

a companhia "Era uma Vez" de Évora- em digressão por Itália


a companhia "Era uma Vez" de Évora, vai estar em digressão por terras de Itália de 13 de Julho até 2 de Agosto com o espectáculo "O Mistério da Pedra Encantada"

Sinopse

O Rei Orlando III vivia num castelo com a sua filha, a Princesa Margarida e o Bobo Venceslau. Estava o Venceslau a conversar com o público quando chegou furiosa, a Bruxa Alexandrina e o quis transformar em sapo porque ele lhe tinha roubado a sua Pedra Encantada. O Venceslau disse-lhe que não tinha sido ele e Alexandrina explicou-lhe como fez a Pedra Encantada e foi-se embora.
Todos estão contentes com a chegada do Príncipe Miguel que vem pedir a mão da Princesa. O Príncipe traz uma enorme pedra que pensam ser a prenda de noivado, mas o Venceslau cedo descobre que se trata da Pedra Encantada da Bruxa Alexandrina e que o Príncipe a tinha trazido pensando que esta não tinha dono. Prontifica-se este a devolver a Pedra quando de repente se ouve um grande ruído e, um a um, vão tendo a desagradável surpresa de se encontrarem com um enorme Dragão. A Princesa, corajosa, enfrenta-o mas tem de fugir. A Pedra começa a mexer-se...
A história não termina sem o Venceslau esclarecer tudo com a sua amiga, Bruxa Alexandrina.

Ficha Técnica
Texto - José Carlos Alegria
Bonecos - Vasco Fernando
Cenários - António Canelas
Guarda-Roupa - Ana Meira e Né Meira
Manipulação - José Carlos Alegria e Carlos Miguel Meira Alegria

Director da DGArtes DEMITE-SE!!!


Venho comunicar que, por razões relativas à minha divergência sobre o modo de desenvolvimento das políticas de apoio às artes do Ministério da Cultura, nos termos actualmente prosseguidos, apresentei a minha demissão à Senhora Ministra da Cultura, esta sexta-feira, dia 9 de Julho de 2010.
Com os melhores cumprimentos,
Jorge Barreto Xavier
Director-Geral



Av. da Liberdade, 144 – 4º andar, 1250-146 Lisboa
Tel.: 211 507 010
E-mail: geral@dgartes.pt
www.dgartes.pt

Companhia Lua Cheia - Julho 2010


Agakuke e a Princesa Putri Telur
5 Julho - segunda-feira 11h00
TAVIRA – Biblioteca Municipal Álvaro de Campos
6º Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua

Agakuke e a Filha do Sol
6 Julho - terça-feira 11h00
TAVIRA – Biblioteca Municipal Álvaro de Campos
6º Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua

Um Estranho Barulho de Asas – conto
9 Julho - sexta-feira 21h30
TORRES VEDRAS – Biblioteca de Praia de Stª Cruz

A Princesa Putri Telur – conto
10 Julho – sábado 14h00
COIMBRA – Mercado Quebra Costas

A Filha do Sol – conto
10 Julho – sábado 18
COIMBRA – Mercado Quebra Costas

CENA ABERTA – Estórias, Estorietas e outras Conversetas!
11 Julho – domingo 17h00
LISBOA – Bº Padre Cruz – ESPAÇO LUA CHEIA

A Menina do Mar leitura encenada
17 Julho – sábado 11h00
GRÂNDOLA – Jardim 1º Maio

As Pequenas Cerimónias de João Calixto e Tiago Viegas


http://aspequenascerimonias.blogspot.com/

terça-feira, julho 06, 2010

Petição Plataforma Geral da Cultura - Teatro Maria Matos (Lisboa) - 5 de Julho de 2010


Petição Plataforma Geral da Cultura - Teatro Maria Matos (Lisboa) - 5 de Julho de 2010
Para:Primeiro-Ministro; Ministra da Cultura; Ministro das Finanças
O sector da Cultura – as actividades culturais e a criação artística em geral – tem vindo a sofrer ao longo dos últimos dez anos, um sistemático desinvestimento por parte do Estado Português.
A situação atingiu uma tal degradação, que o próprio Primeiro-Ministro o reconheceu na última campanha eleitoral, comprometendo-se a que na actual legislatura o sector da Cultura seria prioritário e veria o investimento do Estado consideravelmente aumentado: é isso que diz o Programa do Governo.
E no entanto, desde o passado dia 18 de Junho, com a publicação do Decreto-Lei nº 72-A/2010 e as medidas que aí são impostas ao Ministério da Cultura - uma cativação geral de 20% e a retenção de 10% nos contratos celebrados e a celebrar - a situação abeira-se da catástrofe.
Por isso queremos hoje e aqui reafirmar:
1. Estamos conscientes da crise que o país atravessa, mas há dez anos que o sector da Cultura vive com sucessivos cortes orçamentais, com verbas cada vez mais reduzidas: para a Cultura, a austeridade não está a começar agora, começou há já muitos anos.
2. Os profissionais das actividades culturais e artísticas há muito que fazem sacrifícios para manter a sua actividade e a sua profissão: trabalham com orçamentos cada vez mais escassos, trabalham com contrapartidas cada vez mais reduzidas.
3. Ao contrário do que diz a Senhora Ministra da Cultura, são os próprios profissionais e criadores, que vivem nesta situação, que em larga medida financiam eles próprios a actividade cultural em Portugal.
4. A criação cultural contemporânea portuguesa é uma das actividades que mais projecção internacional tem dado ao país. E internamente, como foi reconhecido num estudo independente, as indústrias culturais têm um peso cada vez mais significativo na economia portuguesa.
5. Os cortes que o Governo agora pretende fazer terão consequências dramáticas para os projectos actualmente em curso, com a sua paralisação e consequente fecho de empresas, estruturas, desemprego entre os trabalhadores sem protecção social, desencorajamento entre os criadores.
6. A falta de comunicação e de informação clara por parte do Ministério da Cultura e das suas Direcções-Gerais sobre a situação agora criada gerou um clima de inquietação e insegurança absolutamente inaceitável.
Por isso não podemos hoje deixar de exigir:
1. A revogação imediata do artigo 49º do Decreto-Lei nº 72-A/2010, e da cativação de 20% das verbas do Ministério da Cultura, para a qual é suficiente a vontade política do Primeiro-Ministro.
2. Com a consequente revogação da redução em 10% sobre os contratos em curso ou a realizar durante o corrente ano, bem como do orçamento de Direcções-Gerais e Institutos do Ministério da Cultura directamente relacionados com os apoios à criação.
3. Mas exigimos sobretudo que o Estado Português assuma de forma clara o Direito à Cultura e o investimento na Cultura e nas Artes.
4. E que os profissionais da Cultura sejam encarados e tratados com o respeito que o seu trabalho merece, que se acabe de uma vez por todas com o discurso dos subsídio-dependentes, que se respeitem os criadores e os artistas portugueses.

Ada Pereira - PLATEIA – Associação de Profissionais das Artes Cénicas
Luís Urbano - Plataforma do Cinema
Pedro Borges - Plataforma do Cinema
Rui Horta - REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea
Tiago Rodrigues - Plataforma do Teatro

Os signatários

http://www.peticaopublica.com/?pi=DL72A

domingo, julho 04, 2010

Comunicado da Unima Portugal sobre a cativação de 10% dos apoios do M.C.


Comunicado da Unima Portugal sobre a cativação de 10% dos apoios do M.C.
Estando a Unima ciente da gravidade da situação que a Sr. Ministra propõe em relação à cativação proposta para o sector cultural e estando de uma forma geral em acordo com os diversos comunicados e cartas abertas lançados a público, acrescentando que esta medida poderá desencadear a mesma atitude por parte de outras entidades com quem as distintas estruturas culturais possuem vínculos e contratos. A Unima Portugal está solidária com todos os agentes culturais e em particular com as entidades e artistas ligados ao teatro de marionetas. A Unima Portugal, está espectante na resolução desta situação mostrando o seu apoio e solidariedade com este movimento de contestação geral.

A Direcção

Unima Portugal
União da Marioneta Portuguesa, Centro português da Unima

sexta-feira, julho 02, 2010

CONVOCATÓRIA - Todos ao TEATRO MARIA MATOS, 2ª feira dia 5 de Julho às 18h!

CONVOCATÓRIA

A decisão, recentemente comunicada, de reduzir em 10% todos os apoios financeiros atribuídos pelo Ministério da Cultura em 2010 e a cativação de 20% das verbas aos Institutos, que já se encontram há muito fragilizados, terá, para a produção artística e para o sector cultural efeitos devastadores.

Convocamos todos os criadores, trabalhadores e agentes das áreas artísticas e culturais para encontrar soluções que impeçam a aplicação destas medidas que atirarão a arte e a cultura do nosso país para uma crise sem precedentes.

Todos ao TEATRO MARIA MATOS, 2ª feira dia 5 de Julho às 18h!

DIVULGUEM A TODOS!

O Blog Marionetas em portugal APOIA este evento!!!!

Carta Aberta da Plateia à Ministra da Cultura


As notícias vindas a público na imprensa, o DL 72-A, a Carta que dirigiu a estruturas com protocolos em vigor, ou candidatas a programas de financiamento, com a DGArtes, e a Nota à Comunicação Social de hoje, merecem-nos algumas reflexões.

Como nota prévia manifestamos a nossa disponibilidade para em conjunto estudarmos com a tutela as formas de contenção financeira possíveis e justas para solidariamente sermos parte activa no controle das contas públicas que esta crise nacional, europeia e mundial impõe ao Estado Português.

Os profissionais das artes cénicas são cidadãos e não é escamoteável que como tal contribuímos já para esta contenção pagando sobretaxas de IRS, sendo penalizados nos abonos de família, pagando o aumento de IVA no consumo e todas as demais medidas.

Não pretendemos um tratamento de excepção. Mas não podemos ser excepção pela negativa.

A solidariedade da Cultura para com o todo nacional em tempo de crise foi já exigida aquando da elaboração do Orçamento de Estado. Disse o Senhor Primeiro Ministro, em campanha eleitoral, - pensamento que Vossa Excelência parece reiterar na missiva que nos enviou – reconhecer ter errado no seu anterior mandato ao desinvestir na Cultura. Não se viu disso reflexo no magro orçamento que inicialmente lhe foi atribuído.

Menos ainda se vê neste tratamento que é oferecido como “igualitário” mas que nada mais é senão demissão de responsabilidade política. Sendo o Orçamento do Ministério da Cultura (MC) 0,4% do Orçamento de Estado (OE), um corte de 20% em tão exíguo montante corresponde a 0,08% do OE o que só com muita demagogia pode considerar-se importante para a redução da despesa da administração central. Igual “poupança” seria atingida com uma cativação de mais uma décima percentual em um ou outro Ministério. E em nenhum outro Ministério estão previstos "cortes" em contratos já assinados. Da política exige-se que analise e conheça a realidade e que sobre ela actue, moldando-a, alterando-a. Tratar de forma igual o que é diferente não é responsável, não é conducente ao equilíbrio, à coesão no desenvolvimento. Foram esquecidos os mais variados estudos europeus e nacionais (um deles, aliás, muito recentemente apresentado e de iniciativa do Vosso Gabinete Ministerial), em que continuamente é reafirmada a importância da Cultura como factor dinamizador do desenvolvimento, da competitividade, do conhecimento e da qualidade de vida dos cidadãos.

De todas as notícias que nos chegam, inclusivamente na Carta de Vossa Excelência, concluímos que houve falhas em inúmeras etapas em todo este processo.

- Não existiu iniciativa de diálogo com o sector (no caso da PLATEIA, não houve resposta aos insistentes pedidos de audiência);

- Não foi promovida, em sede de Conselho de Ministro, uma distribuição ponderada do esforço de contenção financeira em cada Ministério, que tivesse como base a avaliação do histórico de desenvolvimento e do impacte em cada sector;

- Avançou-se para uma cativação “cega”, pelas próprias palavras de Vª Ex.ª, sem critério, sem responsabilidade, igual em todos os sectores e organismos do Ministério da Cultura, sem ter em conta compromissos previamente assumidos ou um diagnóstico consequente da realidade.

As perplexidades sucedem-se. Por que razão não foi tido em conta que o PIDDAC gerido pela DGArtes é sempre executado a 100% (qualquer corte é real) enquanto noutros organismos do MC a sua execução pouco ultrapassa os 80%? Por que razão não foi atendida a aplicação dessas verbas do PIDDAC em cada um dos organismos do MC? Como é do conhecimento de Vª Exª, o PIDDAC da DGArtes – estrutura leve, com um muito baixo orçamento de funcionamento – esgota-se totalmente no financiamento contratualizado com estruturas e projectos de todo o país, e este corte, por incidir nesses contratos que ou já estão em execução ou já deviam estar, é uma quebra da “palavra dada”. Haverá área de investimento mais reprodutivo e mais distribuído pelo todo nacional do que a criação e programação artísticas? E haverá área onde os cortes tenham consequências mais negras?

Interrogamo-nos ainda como será possível atingir a cativação de 20% do PIDDAC retendo apenas 10% dos valores já contratualizados entre os agentes culturais e a DGArtes; se não existe ainda a hipótese de as notícias virem num futuro próximo a ser ainda mais dramáticas.

Não pode à crise responder-se com mais crise; não pode a crise ser argumento para pôr em causa o estado de direito, a boa fé das relações contratuais do estado.

A realidade do sector mostra bem a crueldade social destes cortes: 70 a 80% dos orçamentos das estruturas e projectos destinam-se a recursos humanos. Um corte de 10% a meio do ano corresponde na realidade a 20%: o resto já está executado. São portanto inevitáveis cortes na massa salarial. Espera-nos uma situação de desemprego que, e ainda segundo o estudo de Augusto Mateus & Associados (números de 2006), afectará os 6 mil postos de trabalho directos das artes performativas a que se juntam os inúmeros postos de trabalho indirectos (o carpinteiro, o designer gráfico, a costureira...). E este é um desemprego silencioso e cruel: silencioso porque não constará das estatísticas oficiais, cruel porque os profissionais não têm sequer acesso ao subsídio de desemprego. Como sabe, aguardamos ainda o tão prometido regime laboral e social para o sector.

À crise da paralisação do sector e do desemprego dos profissionais, juntar-se-ão em muitos casos as execuções de dívidas pelos bancos. Como sabe, muitas entidades usam o crédito bancário para ir pagando as actividades até chegarem os fundos contratualizados com o Ministério da Cultura. Em quase todos os casos, ascende a muito perto dos 100% o total da verba já comprometida mesmo que não executada. Há disto casos claros, como o de festivais já realizados: FITEI, Imaginarius (7 sóis 7 luas) e Fazer a Festa (Teatro Art’Imagem), só para referir alguns dos associados da PLATEIA.

As consequências dos cortes agora estabelecidos são imediatas mas também de longo prazo. A fragilização do sector, com diminuição do número e valor das contratações de profissionais e o eventual cancelamento de alguns projectos, provocará uma profunda recessão de que dificilmente se recuperará.

Assim, a PLATEIA

- rejeita liminarmente qualquer corte nos financiamentos às artes em 2010;

- propõe uma alteração urgente do comportamento do Vosso Gabinete, acedendo a dialogar com os profissionais das artes cénicas, beneficiando do facto de estes profissionais estarem actualmente organizados em estruturas associativas representativas do sector.

Reiteramos a disponibilidade da PLATEIA para estudar formas extraordinárias, planificadas e não casuísticas, para a participação dos profissionais e agentes de criação, produção e programação das artes cénicas no controle das contas públicas que o nosso país precisa.

http://plateia-apac.blogspot.com/