quarta-feira, maio 21, 2008

DESTAQUE do FIMFA Lisboa - Quanzhou Marionette Troupe (CHN) no MUSEU DO ORIENTE - 21, 22 e 23 de Maio às 21h30h.



MUSEU DO ORIENTE
21, 22 e 23 de Maio às 21h30

DURAÇÃO 45 minutos
TÉCNICA Marionetas de fios
PÚBLICO-ALVO Maiores de 7 anos
IDIOMA Sem Palavras

DIRECTOR ARTÍSTICO Wang Jingxian MARIONETISTAS Zeng Guoheng, Shen Suge, Wei Shaocong, Xu Runming, Wu Weihong, Lin Congpeng, Fu Duanfeng, Li Xiaohui, Huang Wenjun e Chen Luanzhi MÚSICOS Chen Zhijie, Lin Jianyu, Huang Dasheng, Xu Ziming, Lin Jiacai, Zeng Kaiyu e Wu Jilian

Quanzhou Marionette Troupe, composta por cerca de sessenta elementos, é considerada uma das maiores e melhores companhias de marionetas de fios do mundo, pela riqueza da sua tradição, manipulação e beleza das suas marionetas. Mergulhada em 2 mil anos de história da marioneta viaja a Lisboa para nos revelar o seu teatro mágico.


O teatro de marionetas de Quanzhou, um dos maiores expoentes da arte das marionetas na China, foi agraciado com o título National Intangible Cultural Heritage. O grupo foi criado em 1952 na cidade de Quanzhou, em Fujian, província do sudeste da China. Já fez mais de oitenta digressões, tendo actuado nos cinco continentes e em mais de quarenta países. Foi considerado pelo Ministério da Cultura chinês como Cultural Spearheading Group. Tem recebido inúmeros prémios pelas suas produções. Actualmente é a única companhia profissional de marionetas de fios tradicionais com o estilo de Quanzhou, o que a torna ainda mais preciosa e rara. A técnica de escultura e pintura das suas marionetas é única, mantendo a elegância e o encanto das dinastias Tang (618-907) e Song (960-1279).


As marionetas de fios de Quanzhou têm um repertório de cerca de setecentas peças e de trezentas canções e melodias de música tradicional para marionetas. O grupo é o orgulhoso detentor de um conjunto de práticas performativas, repertório, antigos instrumentos e de uma música específica para marionetas de fios, Ka-lé, centenas de anos de uma herança cultural que a tornam um legado cultural único.


Pela primeira vez em Portugal estarão 10 actores-manipuladores e oito músicos de instrumentos tradicionais chineses, para nos revelarem os segredos desta arte ancestral.
O marionetista deve saber cantar, dançar e mover-se de forma sincronizada com a sua personagem, o que requer uma longa prática e formação profissional. Começam muitas vezes a sua aprendizagem em crianças, precisando geralmente de cinco anos para aprender os conceitos básicos, e cerca de vinte anos para completar o seu ensino e saber manipular mais de trinta fios.


As marionetas de Quanzhou são verdadeiras obras de arte e possuem grande complexidade. Têm tronco, braços, pernas e uma cabeça (geralmente construída em madeira de cânfora ou de salgueiro) com mecanismos internos. Podem mover os olhos e a boca, segurar canetas, copos, abanar leques ou ainda brandir espadas, lanças e outras armas. As marionetas fazem amor e guerra, discutem e lutam, dançam, correm e fazem piruetas. Autênticos retratos de homens e mulheres de todas as idades e profissões, mas também de espíritos ou animais selvagens.


Têm geralmente entre catorze a trinta e seis fios presos a um “controle”, mas manipulados individualmente com os dedos, como os fios de uma harpa. Algumas das marionetas mais complexas têm mais de cinquenta fios, sendo necessários dois manipuladores em simultâneo. O marionetista deve colocar em funcionamento todos os músculos das suas mãos, pois os dez dedos controlam cerca de vinte ou trinta fios. As marionetas de fios são as mais sofisticadas de todas as marionetas chinesas, no que se refere aos seus mecanismos.


De uma beleza estonteante, a perfeição de uma arte milenar de manipulação de excelência!

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